sábado, 22 de maio de 2010
Por onde anda o Fofão do Balão Mágico?
Desde 1983, o Fofão, ser misterioso vindo do planeta Fofolândia, está na Terra passando um tempo enquanto sua mãe faz o almoço. Afinal, ele é jovem ainda, “pouco mais de oito milhõezinhos de anos...”, diz Orival Pessini, o homem por trás do boneco que surgiu no programa infantil “A Turma do Balão Mágico”, na Globo.
Pelo visto, a mãe de Fofão continua fazendo o tal do almoço. Afinal, ele está por essas bandas há 26 anos, e até hoje ainda desperta emoção nas crianças e nos adultos – as crianças de ontem.
“Muitos deles choram, querem apertar a bochecha, às vezes preciso de reforço na segurança” (risos), conta Orival. “Certa vez, encontrei a atriz Adriana Lessa em um programa de TV, mas eu já havia tirado a fantasia. Foi só falar com a voz do Fofão ao pé do ouvido, que ela começou a chorar. O personagem relembra uma fase boa da vida das pessoas, que é a infância”, avalia.
Várias faces
O ator, hoje com 65 anos, conta que sempre trabalhou com máscaras que ele mesmo criou. “Faço as máscaras em uma cabeça de gesso, feita nos moldes da minha própria cabeça”. Inspirou-se nos anos 70, ao assistir o “Chico Anysio Show”, em que o humorista interpretava vários personagens. Autodidata, Orival aprendeu sozinho a fazer esculturas, e depois foi atrás de fábricas de látex para criar as máscaras.
Seus primeiros personagens de destaque na televisão foram os macacos Sócrates e Charles. O programa era “Planeta dos Homens” (1976 a 1982) e tinha no elenco Jô Soares, Paulo Silvino, Costinha, Agildo Ribeiro e outros comediantes.
“Aí o Boni me pediu para criar um personagem infantil. Eu nunca tinha feito nada para crianças, os macacos eram divertidos, mas tinham um viés político. Como na época estava na moda o E.T. (do filme de Steven Spielberg), feio mas com um grande coração, resolvi criar algo no gênero. O Fofão acabou sendo uma mistura de urso, cachorro, palhaço, gente, tem de tudo. O bochechão dele virou sucesso absoluto”, lembra o ator.
Somos amigos, amigos do peito...
Junto com Fofão surgiu o “Balão Mágico”, apresentado por ele e por Simony. No início, Fofão não falava, mas o personagem ganhou espaço ao tomar a sopa de letrinhas que a menina lhe dava. “A Simony tinha só seis anos, mal sabia ler. Eu a ajudava a decorar as falas. Por isso o personagem precisou crescer”, explica.
Fofão ficou tão famoso que virou boneco e vendeu cerca de quatro milhões de unidades. “Era um presente tanto para meninos como para meninas. No dia dos namorados, em 1986, as lojas precisaram pedir uma nova remessa, pois os rapazes estavam dando bonecos do Fofão em vez de ursos de pelúcia”, conta Orival.
Famoso desconhecido
Além de Fofão, Orival também é conhecido por personagens como o estudante “riponga” Patropi, o sexólogo Ranulpho, o faz-tudo Juvenal, entre outros. Todos com máscaras feitas pelo próprio ator. O fato de sempre aparecer mascarado na TV o fez passar por situações engraçadas.
Como, por exemplo, ouvir comentários na rua sobre seus personagens, ou ver uma criança segurando um boneco do Fofão, sem que ela soubesse que o Fofão em pessoa estava bem ali ao lado. “Eu costumo brincar que sou o ator mais famoso desconhecido do Brasil”, ri Pessini, que diz não sentir falta de ser reconhecido.
Até Ivete queria um Fofão
Em quase 30 anos de “fofura”, Orival teve diversos momentos marcantes. Um deles aconteceu em um show no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, mais de 20 mil pessoas presentes. Antes do espetáculo começar, um pai chegou com um menino de 13 anos na cadeira de rodas. “Ele não falava nem andava, mas adorava ver o Fofão na TV. Eu abracei o menino e comecei a falar com ele com a voz típica do personagem. O menino ficou numa alegria tão grande que murmurou o nome do Fofão. Foi uma surpresa para o pai, que de tão emocionado começou a chorar”.
Outra lembrança boa é do Fortal de 2007(carnaval fora de época em Fortaleza), quando, vestido de Fofão, Orival pulou por 1h30 no trio elétrico ao lado de Ivete Sangalo. “Quando ela me viu fantasiado, me deu um abraço e disse que amava o Fofão. Contou que o sonho dela era ter um boneco do personagem. Mas como o pai tinha seis filhos, não dava para comprar tudo que ela pedia sempre”, conta.
Para quem acha que se vestir de Fofão dá um trabalho danado, Orival explica que fica caracterizado em segundos. Além disso, a roupa não esquenta nem pesa. “O macacão é feito de um jeans, bem largo. A camiseta é de algodão, e o tecido foi feito especialmente para o personagem. As mãos e os pés que esquentam mais, pois são feitos de lã”, diz o ator, que apesar de parecer enorme na TV, tem o tamanho do brasileiro médio, 1,73m. “É que o Fofão é cabeçudo...Que bonitinho!” (risos), brinca Orival, imitando o personagem.
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cara eu tinha 4 anos na época,mas me lembro muito bem, desses magníficos personagens que estão eternamente vivos em nossas memórias.
ResponderExcluircontinue fazendo a alegria de todas as crianças do mundo, nós do mundo todo precisamos continuar acreditando em contos e fábulas, e vc faz isso muito bem, parabens e continue assim.
ResponderExcluirHoje tive a oportunidade de relembrar momentos felizes, vendo o FOFÃO no programa da eliana...que saudade...
ResponderExcluirQue Deus o abençoe por fazer tanta gente feliz naquela época, diferente de hoje que as crianças não tem ídolos nem motivo para ve
Hoje posso dizer que tive infancia,se hoje for meu ultimo dia aqui na terra,ireí feliz por que tive a horra de asistir bons progamas infantis que passava naquela época,e o fofa foi um deles...
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