sábado, 29 de maio de 2010

Por onde anda Lu Barsoti do Fantasia e Programa Livre do SBT?


Tendo como ídolo o empresário Antonio Ermírio de Moraes, Lu Barsoti começou a trilhar a sua carreira na comunicação sem querer. Seguindo a frase do seu ídolo, Lu nunca mais esqueceu o papo que teve com Antonio Ermírio: “Se a gente acreditar no Brasil, ele (o país), chega lá”. Acreditando naquelas palavras, Lu voltou-se para a sua vocação: comunicar-se.

Estar na tevê nunca foi seu projeto. Em Rio Claro, cidade onde morou boa parte de sua vida, Lu decidiu criar o Jornal Escolar e, após sua iniciativa, concedeu uma entrevista para um jornal, onde semanas depois estreava a sua própria coluna, a Cidadinha, um suplemento infantil encartado semanalmente no periódico.

Muitos artistas foram sabatinados por Lu, que aos 10 anos não poupava esforços para conversar com seus ídolos. Eliana, Beth Faria, Luis Gustavo e a dupla Zezé di Camargo e Luciano, foram alguns dos entrevistados que conversaram com a jornalista mirim

“Eu sempre achei que criança deveria saber um pouco de política, e decidi que teria que entrevistar o governador Fleury. Mandei uma carta e, para minha surpresa, ele que me convidou para uma entrevista no palácio”, lembra.

Mais uma vez o destino a coloca frente às celebridades e, como a situação da Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro não ia bem, Lu, mais uma vez com a sua coragem de gente grande, decidiu pedir um show beneficente para a dupla Chitãozinho e Xororó, que prontamente aceitou o seu pedido: “Em 25 de março de 1995 fizemos um grande evento. Muita gente compareceu e, com o dinheiro do show, conseguimos reformar a ala infantil da Santa Casa. Aconteceu a inauguração e, na hora de agradecer, muitas pessoas que não
estavam envolvidas foram agradecidas e passou despercebida a colaboração de muita gente, inclusive aos próprios Chitãozinho e Xororó.”

Ao ver tamanha ingratidão, Lu decidiu parar de vez com a comunicação:

“Eu nunca havia imaginado o poder da comunicação, e a própria redação do jornal ficou assustada com as dezenas de cartas e telefonemas, pedindo que a coluna voltasse. Eu dizia que não, que só voltaria se pudesse agradecer realmente as pessoas que haviam me ajudado.”

Com a sua decisão, seu leitores decidiram escrever uma carta ao programa Em Nome do Amor, contando sua história. Pouco tempo depois, lá estava a colunista mirim, ao lado de Silvio Santos, no palco do programa:

“Cinco minutos antes do programa começar, o Silvio veio no camarim, para que não tivéssemos o impacto de estar ao lado de um mito da tevê. Ele conversou um pouco e fui para o palco. Pude fazer a homenagem ao Chitãozinho e Xororó, mas no meio da entrevista, o Silvio perguntou se queria trabalhar na televisão, e eu respondi que gostaria muito de ser a editora chefe do jornal.”

Sete dias foram necessários para Silvio enviar à Rio Claro, um diretor para convencê-la a trabalhar no SBT. Lu aceitou. De imediato, a menina “caipira” ganhou uma nova roupagem. Aulas de etiqueta, fono, interpretação para tevê, além de tratamentos ortodônticos, marcaram a preparação de Lu para estrear no SBT:

“Tudo aconteceu de repente, com a saída do Serginho Groismann do SBT e, em uma sala de reunião, com um diretor, soube que presentaria o Programa Livre semanalmente, ao lado da Cristina Rocha, do Ney Gonçalves Dias, da Márcia e do Otávio Mesquita.”

Mas com a chegada de Babi, recém contratada da MTV, seis meses depois o programa deixava de ser apresentado pela equipe, que foi transferida para o Fantasia: “O programa era exibido aos sábados e ficou só seis meses no ar. Gravei um piloto de um programa que o Silvio comandou no início de sua carreira.”

Com o projeto engavetado, Lu soube que não faria mais parte do elenco da emissora:

“Em 2000, fui misteriosamente demitida e, desolada, tentei
falar com o Silvio, sem sucesso. Um mês depois, fui
recontratada e comecei a gravar alguns pilotos do programa
Pequenos Brilhantes.”

Porém, quando tudo estava pronto, mais uma vez o programa foi engavetado e Lu ficou mais seis meses aguardando uma definição sobre sua carreira.

Logo que foi demitida do SBT, Lu quase mudou-se para Portugal, onde apresentaria uma atração por lá, porém, a indecisão de sua adaptação em terras lusitanas acabou deixando de lado a proposta de uma grande emissora passar, e Lu decidiu ficar no Brasil. Profissionalizou-se cursando Comunicação Digital, em uma conceituada faculdade paulista, produziu o Teleton de 2002 e 2003 e ancorou um programa em uma tevê na web.

Atualmente, cursando Pós-Graduação em jornalismo, na Puc-SP, Lu Barsoti confessou a reportagem de OFuxico que gostaria muito de saber o real motivo de sua saída da tevê.

“Nunca consegui descobrir se fui demitida pelo Silvio Santos ou se puxaram meu tapete no SBT”, finaliza.

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