Por
Mauricio Stycer
Se, de fato, “Junto e Misturado” representa a aposta da Globo numa nova geração do humor, estrear o programa às 23h30 de uma sexta-feira parece sinalizar que a confiança nos jovens ainda não é muito grande.
Com a sugestão de um humor menos popular e mais sutil que “Zorra Total” e “Casseta & Planeta”, o que não é difícil de fazer, a turma liderada por Bruno Mazzeo e Fabio Porchat ainda está na Série B do campeonato de comédia global – e dificilmente chegará ao horário nobre com a proposta apresentada na estreia.
Mais falado e cerebral do que físico, o humor de “Junto e Misturado” exige uma atenção difícil de se obter na televisão. Como se os humoristas estivessem num “stand up”, recitando piadas, com a ajuda de imagens ao fundo.
A escolha dos temas do primeiro programa também não ajudou – burocracia, esoterismo e política. Com piadas novas sobre assuntos muito batidos e, de certa forma, superados, o programa estreou com um ar retrô e foi, com frequência, pouco engraçado.
“Junto e Misturado”, enfim, parece querer propor algo novo e ambicioso, o que deve ser sempre estimulado, mas ainda está longe de realizar.
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