terça-feira, 19 de outubro de 2010
A estreia de 'As Cariocas'
Depois de emocionar o Brasil na pele da tetraplégica Luciana da novela “Viver a vida”, Alinne Moraes volta à TV experimentando o outro lado da moeda. Em “A noiva do Catete”, que vai ao ar nesta terça-feira, às 23h, abrindo a série “As cariocas”, a atriz interpreta a sensual Nádia, cujo noivo, Carlinhos (Ângelo Antônio), é cadeirante. Ele fica paraplégico depois de salvá-la de um assalto. Mas Alinne não acredita que o diretor Daniel Filho a tenha escolhido justamente para esse episódio de propósito. Leia aqui uma entrevista exclusiva da atriz sobre seu novo trabalho.
Sua personagem agora não é cadeirante, mas é noiva de um. Foi uma coincidência você ficar justamente com esse episódio, ou foi intencional?
Acho que foi uma total coincidência! Esse universo do cadeirante é rico dramaturgicamente, propõe inúmeros conflitos que podem ser explorados cenicamente. Não creio que a minha escalação tenha alguma associação direta com a Luciana.
E como foi para você, depois de meses gravando numa cadeira de rodas, viver o outro lado? Qual foi a sensação de empurrar o Ângelo Antônio na cadeira, em vez de ser empurrada? Vocês brincaram com essa coincidência durante as gravações?
Confesso que, até por um processo inconsciente, não “acessei” esse lugar. A Luciana foi um personagem tão forte, que parece mais uma daquelas tatuagens nas costas, ela está ali sempre. Às vezes, você quase esquece que ela existe, mas ela nunca mais vai sair de você. Não tive muito tempo de brincar. Quando gravei “As cariocas”, estava simultaneamente filmando o longa “Heleno” e me preparando para “ O homem do futuro”. Quase não dormia e confiei integralmente na direção do Daniel, que me pegou no colo e levou. O Ângelo é um ator de uma sensibilidade tão grande, que te contamina. Sou uma atriz que quando confio, me entrego, me deixo levar. Com a “Noiva do Catete” foi assim.
Outra lembrança de "Viver a vida" está presente nesse novo trabalho. Nelson Baskerville, seu sogro duplamente na novela, agora faz um admirador. Como foi gravar com ele, com essa troca de papéis? Nessa outra coincidência (eu acho que foi rsrs), eu prestei muita atenção. Comentamos e rimos muito.
Você conhecia o Catete, circula ou já circulou pelo bairro por algum motivo?
Catete, Glória, Lapa, Centro do Rio... Conheço tudo! Adoro a arquitetura, a história e a programação cultural dessa parte da cidade. Freqüento mesmo!
Você fez alguma preparação para interpretar a Nádia, mudou o visual?
Não tive muito tempo para fazer nenhuma preparação em especial, por estar envolvida com dois projetos de cinema. Apesar de não ser carioca, já moro no Rio há tempo suficiente para me sentir uma legítima carioca! E, mesmo quando não morava aqui, pensava um dia em morar. Quer preparação melhor? Não existe a possibilidade de ignorar o jeito carioca de ser. Só precisei receber a sinopse, entender a personagem e buscá-la dentro das minhas referências.
Depois de ficar noiva duas vezes em "Viver a vida", e agora ser a Noiva do Catete, você faz planos de ficar noiva na vida real? E a ideia de ser mãe logo, avançou em algum sentido?
Beijo e te ligo quando quiser falar sobre isso... (risos)
Quais são seus planos profissionais agora?
Acabei de filmar dois longas, tirei uma semaninha de férias e começo a gravar “Amor em quatro atos” com a direção de Bruno Barreto.
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