A maior eleição da história do Brasil levou mais de 100 milhões de pessoas às urnas no domingo (3). Mas esse não é o único número que explica os resultados que elegeram centenas de candidatos e levaram disputas estaduais e a presidencial para uma segunda votação, em 31 de outubro. Confira o levantamento feito pelo UOL Eleições.
Candidatos
Com 46,9% dos votos, a petista Dilma Rousseff é a primeira mulher a disputar o segundo turno das eleições presidenciais brasileiras.
Deputado eleito, Tiririca (PR-SP) é o segundo mais votado da história para o cargo. Com mais de 1,3 milhão de votos, ele fica atrás apenas de Enéas Carneiro (morto em 2007), do extinto Prona, que somou 1.573.642 em 2002.
A surpreendente vitória do senador eleito Aloysio Nunes (PSDB-SP), com quase 12 milhões de votos, faz dele o parlamentar mais votado da história do país, superando Aloizio Mercadante (PT), que chegou aos 10 milhões de votos há oito anos.
Pela primeira vez o Rio Grande do Sul elege um governador em primeiro turno: Tarso Genro (PT).
Houve 45 candidatos a deputado federal, estadual ou distrital que receberam apenas um voto nas eleições.
Quase 20% do eleitorado se absteve de votar no domingo. O maior índice veio do Maranhão, com cerca de 24% do total. O menor saiu de Roraima, com menos de 14% de ausentes.
A Paraíba foi o Estado que mais anulou votos para presidente: foram cerca de 10%. O menor porcentual é do Rio Grande do Sul, com 3,34% do total.
Dados sócio-econômicos
A presidenciável Marina Silva (PV) venceu no colégio eleitoral mais rico do Brasil, o Distrito Federal, com renda média de R$ 2.176. Dilma venceu no mais pobre, o Piauí, com renda média de R$ 567,10.
Entre os dez Estados com maior índice de analfabetismo, José Serra só venceu no Acre.
Entre os dez Estados mais populosos do Brasil, Dilma venceu em oito (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Pará e Maranhão). Serra triunfou em São Paulo e no Paraná.
Raio-X das eleições
Veja qual presidenciável venceu em cada Estado
Entre os dez Estados com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Dilma teve vantagem em cinco: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais. Serra ficou à frente em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Marina levou somente no DF.
Família
Em Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte, pai e filho se elegeram, respectivamente, senador e deputado federal. São eles os alagoanos peemedebistas Renan Calheiros e Renan Filho; os sergipanos do PSB Valadares e Valadares Filho e os candidatos do DEM José Agripino Maia e Felipe Maia.
No Acre, os irmãos petistas Tião Viana e Jorge Viana, foram eleitos, respectivamente, governador e senador.
No Maranhão, a governadora Roseana Sarney (PMDB) terá na Câmara dos Deputados o irmão Sarney Filho (PV). O senador reeleito Edison Lobão (PMDB) terá na mesma Casa sua mulher, Nice Lobão (DEM).
As bancadas familiares podem crescer ainda mais dependendo do julgamento sobre a lei da Ficha-Limpa no STF (Supremo Tribunal Federal).
Geografia
Dilma foi a mais votada em 18 Estados, enquanto Serra venceu em oito.
Em 2002, quando foi candidato à Presidência pela primeira vez, Serra só venceu no Estado de Alagoas no primeiro turno. Desta vez, não venceu entre os alagoanos, mas ganhou em oito colégios eleitorais: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Roraima.
A candidata do PT venceu em dois Estados nos quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi derrotado em 2006: Goiás e Rio Grande do Sul. Na primeira eleição de Lula, em 2002, ele só perdeu em Alagoas (Serra), Ceará (Ciro Gomes) e Rio de Janeiro (Anthony Garotinho).
Serra teve mais de 10 pontos percentuais de vantagem sobre Dilma em dois Estados: Acre e Roraima. Dilma exibiu vantagem desse porte em todos os Estados do Nordeste, exceto por Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Amazonas, Pará e Amapá.
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