sexta-feira, 18 de junho de 2010
Entrevista com Preta Gil
O riso alto e a voz forte denunciam a presença de Preta Gil antes mesmo que se possa avistá-la em seu camarim.
Passar despercebida, aliás, é uma atitude que jamais combinou com a cantora e apresentadora. É no palco, no entanto, que essa característica da filha de Gilberto Gil fica mais evidente.
“Celulite é tendência, vocês estão vendo as minhas?”, pergunta ela, sem medo de se expor, logo nos cinco primeiros minutos de uma das apresentações de seu show, “Noite Preta”, em São Paulo.
“Sou Beyoncione, uma mistura de Beyoncé com Alcione, aquela coisa bem brasileira”, brinca, antes de soltar uma de suas inconfundíveis gargalhadas.
O sorriso só deixa o rosto de Preta quando o assunto é a ditadura da magreza. “Existe um padrão que diz que só a mulher que parece a Gisele Bündchen é que é feliz”, comenta.
Mais tranqüila e centrada, a cantora contou a QUEM que prefere ficar com o marido, Carlos Henrique Lima, e o filho, Francisco, a freqüentar baladas, que se arrepende das três lipoaspirações que fez e afirma que aprendeu a lidar com o assédio da imprensa. Confira os melhores momentos da entrevista:
QUEM: Você parece se divertir tanto quanto a platéia em seus shows. Gosta de badalar quando tem tempo livre?
Preta Gil: Não, hoje em dia eu não vou para a balada, eu sou a balada. Aproveito meu tempo livre para comprar coisas para o meu filho [ do casamento com o ator Otávio Muller ], ficar com meu marido, ir ao cinema. Gosto destes programas tranqüilos e também de me arrumar. Sou super vaidosa. Trabalho com a minha imagem e para mim é importante sempre estar bem.
QUEM: Com a vida pessoal e profissional equilibradas, pensa em ter mais filhos?
P.G.: Sim, quero ser mãe novamente. Mas não é um plano para agora. Tenho muito trabalho pela frente e quero fazer as coisas com calma.
QUEM: Você é consumista?
P.G.: Sou. Adoro roupa, sapato, bolsa e tenho apego as minhas coisas. Tenho um quarto em casa só para guardar minhas roupas. Mas todo ano, dou uma limpa no closet e faço um bazar beneficente para ajudar a quem precisa.
QUEM: No palco você sempre fala sobre seu corpo e dança sensualmente. Se acha sexy?
P.G.: Me sinto sexy, mas tenho senso do ridículo. Não vou colocar um top e sair por aí com a barriga de fora. Eu tenho meus pontos fortes e gosto de valorizá-los. Como qualquer mulher, procuro disfarçar o que não acho tão bacana.
QUEM: É a favor da cirurgia plástica?
P.G.: Sou a favor sim. Aliás, sou a favor de tudo que é feito com comedimento e que serve para deixar a pessoa com a autoestima em dia. Eu, por exemplo, confesso que errei na medida. Fiz três lipoaspirações e não precisava. Se tivesse feito uma estava ótimo. Mas aí entrei naquela de querer aprimorar a primeira, e a terceira pra mexer na segunda... não tinha necessidade.
QUEM: Está feliz com o seu corpo?
P.G.: Na verdade, fico feliz de não ser magra. Tem que ter mulheres normais nas capas de revistas, protagonizando novelas, nos comerciais. Não são só as mulheres de corpo perfeito que são felizes.
QUEM: Acha que a moda plus size ajuda a quebrar um pouco esse padrão de beleza imposto?
P.G.: Não sou a favor de moda plus size. Acho que o que precisa acontecer e se entender a mulher real, que não é magra porque não dá para malhar, porque precisa correr para cuidar da casa e do marido ou mesmo porque não quer. Têm mulheres que têm gordurinhas, outras têm orelhas de abano, mas existe um padrão que diz que só a mulher que parece a Gisele Bündchen é que é feliz.
QUEM: Como lida com o assédio dos paparazzi?
P.G.: Eu sou nascida e criada no Rio de Janeiro, que é uma cidade sitiada. Eles fazem parte da minha vida, eu entendo e respeito o trabalho. Sempre que eu tive problemas com eles soube lidar numa boa. Hoje em dia isso quase não acontece, porque eu sou uma mulher muito tranqüila. Sou casada, tenho filhos, minha vida não desperta tanto interesse. O assédio era maior quando era solteira.
QUEM: Nessa época você se sentia invadida quando era fotografada com alguém?
P.G.: A questão não é essa. Muitas vezes, você está começando uma relação que não quer expor, porque não sabe exatamente no que vai dar. Mas a vida é assim. Meu analista, por exemplo, é no Leblon, área onde tem muito paparazzi. Então quando vou para a consulta, passo um rímel e um corretivo e não me estresso. (risos)
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