Ator, escritor e crítico teatral Alberto Guzik morre em São Paulo
O crítico teatral, escritor, ator e professor Alberto Guzik, 66, morreu neste sábado (26), em São Paulo.
Ele sofria de câncer de estômago e a doença havia se espalhado por outros órgãos. Guzik estava internado desde fevereiro.
Figura emblemática da cena teatral paulistana, Guzik se formou pela Escola de Arte Dramática da USP e assumiu a crítica teatral do "Jornal da Tarde", ao lado de Sábato Magaldi, em 1984.
Em vários períodos de sua carreira, também foi colaborador do jornal "O Estado de S. Paulo".
Em 2001, deixou o "JT" e, paralelamente ao jornalismo, passou a dedicar-se também ao ensino, como professor da Escola de Atores Wolf Maya e, desde o ano passado, da SP Escola de Teatro.
O retorno aos palcos aconteceu com a peça "Horário de Visita", do dramaturgo Sérgio Roveri, em 2003, após quase 40 anos sem atuar.
Com o grupo Os Satyros, apresentou-se nas peças "O Enigma de Kaspar Hauser", "Transex" e "A Vida na Praça Roosevelt", entre outras
Alberto Guzik se prepara para a peça "Monólogo da Velha Apresentadora", no Satyros
Guzik teve ainda vário livros publicados, entre eles os ficcionais "Um Risco de Vida", com referências autobiográficas, e "O Que É Ser Rio, e Correr", livro de contos lançado pela editora Iluminuras.
Em depoimento à enciclopédia Itaú Cultural, declarou nunca ter vinculado sua observação do fenômeno teatral a uma visão partidária. "Nunca acreditei que o teatro 'correto' tenha de expressar tal ou qual ponto de visto"
No mesmo texto, ele completa: "É bom que se tenha de tudo [no teatro], desde a farsa rasgada até o mais rigoroso teatro de pesquisa, do musical importado ao nacional, da dramaturgia brasileira à mundial, dos atores e diretores veteranos aos jovens estreantes."
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