sábado, 26 de fevereiro de 2011

Reginho dos Teclados fala sobre o acidente

O pernambucano Reginaldo Alves da Silva, o cantor Reginho, autor do hit ‘Minha mulher não deixa não’, experimentou em pouco tempo emoções antagônicas. Da alegria do último show lotado, segunda, na Ilhas dos Pecadores, no Rio, até ser resgatado por bombeiros do ônibus de sua banda, que capotou, quinta-feira, na Bahia.


- Estava dormindo na hora do acidente. Quando acordei, estava preso ao banco, não sentia minhas pernas. Comecei a gritar o nome de todo mundo, mas o Lenine não respondia e Márcia estava muito machucada - relembra ele, que foi retirado do veículo por bombeiros e levado ao Hospital Nair Alves Souza, na cidade de Paulo Afonso. Na colisão, o cantor bateu com a cabeça, sofreu uma fratura leve na bacia e está andando com uma cinta. O baixista Lenine Castro dos Santos morreu na hora, preso às ferragens, e a dançarina Márcia Oliveira sofreu uma fratura exposta na perna. Mesmo triste, o cantor voltou ao Rio, nesta sexta, para lançar a campanha do Ministério da Saúde “Sem Caminha não dá”, cujo o jingle é uma versão de sua música. Em entrevista exclusiva ao EXTRA, Reginho avaliou o episódio.


Sente revolta por essa tragédia acontecer no momento em que você e a banda mais fazem sucesso?


Chorei muito de ver um garoto tão alegre ir embora, mas não sinto revolta alguma. Quem decide é Papai do Céu. Se Ele levou essa pessoa, tinha motivos. Só peço energia para continuar. Nesse momento, agradeço a Deus por estar vivo e ter acontecido como artista e ser reconhecido pela mídia.


Vai sentir medo quando entrar no ônibus para fazer a próxima viagem?


Sinto tristeza por ter perdido um grande parceiro, mas não tenho medo. A vida continua. Lenine não ia querer que a gente parasse agora, depois de tanta luta para fazer sucesso. Nunca vamos esquecer dele. A cada show, a cada música, ele vai ser lembrando pela família Reginho e banda Surpresa. Lenine era um cara muito feliz, estava sempre contente.


Há quanto tempo batalhou pelo sucesso?


Comecei a cantar com 13 anos. Desde então, estou sempre na noite com meu teclado. Toco brega, bolero, forró. Tenho um repertório diversificado para agradar gregos e troianos. Me inspirei em cantores como Zé Augusto, Fábio Jr. e Luiz Gonzaga. Também gosto de Scorpions, A-ha e Led Zeppelin.


Quando voltará a fazer show?


No dia 3 de março, a gente se apresenta em Alto Horizonte, em Goiás. Temos shows marcados até abril. No carnaval, vamos para Bahia, animar dois trios elétricos. Graças a Deus, aconteceu esse fenômeno com ‘Minha mãe não deixa não’ (o clipe da canção tem mais de sete milhões de acessos no ‘You Tube’). A música já começou a tocar na Itália, México e Angola.

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