sábado, 12 de fevereiro de 2011

Lula e Marisa no Zorra Total


Um dos quadros de maior repercussão do Zorra Total é a sátira, a 'imaginária' atual rotina do ex-Presidente Lula e sua esposa Marisa.

Interpretados pelos humoristas André Damasceno e Risa Landau, eles divertem e alfinetam a política do nosso país com muito bom humor, cuidadosamente caracterizados nos visuais, vozes e gestuais.

Aos mais radicais, a esquete é uma provocação ou agressão política a Lula e seu partido, e a comédia inexiste; mas na verdade, os episódios semanais, representam uma grande homenagem ao Presidente do Brasil de mais alta populariedade de todos os tempos, uma forma de mantê-lo na mídia, já que seu afastamento é tão recente, e, é natural essa abordagem, e como ela é realizada.

Lula e Marisa no 'Zorra' despertam a curiosidade comum do grande público, de saber como vivem hoje, o ex-Presidente e sua esposa, longe dos domínios de Brasília.

Na edição de hoje do “Zorra Total”, na Globo, cheio de disposição, Lula (André Damasceno) decide fazer uma reforma em casa e anuncia a inauguração do “Programa de Aceleração da Construção”.
 
Veja aqui um dos episódios do quadro em imagem e texto:
“Dona Marisa faz ginástica, mas Lula só pensa em uma vaguinha no time de Dilma”


Lula – Ô, Amorzinho… Marisa, me ajuda aqui, meu amor – vem aqui. Olha só, to quase acabando, pa encerrá (sic) – lê palavras cruzadas que estava fazendo. – Ex-chefe de nação, barbudo e atualmente aposentado, com quatro letras… Já sei, companheira, tá na mão de Deus! Como é que se escreve Fidel?


Marisa – Luiz Inácio – diz, impaciente –, que Fidel o quê! Fidel tem cinco letras! Esse ex-chefe de nação, barbudo e aposentado, é você. Ele, uh, ele, aaah, Lulaaa! Quatro letraaas!


Lula – Eu? Que que é isso (sic), companheira?! Não to aposentado de maneira nenhuma. Nunca houve na história desse (sic) país um ex-presidente tão ativo como eu. Não quero mais fazer palavra cruzada – acesso de raiva, atirando a revista sobre a mesa – Eu vou procurar outra coisa pra fazer.


Marisa – Você não quer malhar um pouquinho, não, hein? – apontando a esteira de corrida.


Lula – Malhar é coisa da oposição. Passaram oito anos me malhando. Tudo invejoso! Ora…


Marisa – Desapega, Luiz Inácio. Eu to falando de exercícios físicos. É bom você entrar em forma, hein. Senão, nem no time da esquina vão te deixar jogar.


Lula – Companheira, e eu sou homem de jogar em time da esquina? Eu to interessado numa vaguinha do time da companheira Dilma, isso sim. Aliás, aproveita a oportunidade, vai lá, liga pra ela e pergunta se eu já to escalado.


Marisa – Não adianta nada ligar pra ela. O time dela já tá completo…


Lula – Não tem problema, companheira – diz, desconsolado. – Eu posso até ficar fora do time, mas eu vou ser o juiz do jogo, a autoridade máxima.


Marisa – Que “autoridade máxima”, o quê! Desapega, Luiz Inácio, você não apita mais nada.


Lula – Pára com isso… Marisa, esse aparelho aí, é o que? – pergunta, examinando a esteira de exercícios.


Marisa – Isso aqui é uma esteira ergométrica, entendeu. Você anda, anda, anda e não sai do lugar.


Lula – Esse exercício eu já fiz muito. Fiquei marcando passo durante oito anos… Marisa, pra que que serve (sic) esse botãozinho aqui, ó?


Marisa – Isso aqui é pra regular a inclinação da esteira, entendeu. Olha só: assim, dá a impressão que você tá subindo uma rampa…


Lula – Subindo a rampa? Marisa, pelo amor de Deus, deixa eu treinar aqui assim – com um pulinho lépido, sobe na esteira. – Ó!, to subindo a rampa, Marisa. Ai que saudade que eu tenho!


Marisa – Desapega, Luiz Inácio! Esse negócio de subir rampa não é mais pra você… Olha só: por que você não pega um pesinho e faz uma musculação, hein?


Lula – Fazer uma musculação – flexiona o braço direito com o peso em punho. – Não, deixa quieto. Deixa isso aqui quieto, Marisa. Você sabe que pegar no pesado não é comigo. Eu já sei o que eu vou fazer: eu vou dar uma corridinha pela praça. Fazer uns Cooper (sic), he, he.


Marisa – Ah, sei… Essa corrida, você vai se preparar pra corrida que vai ter daqui a quatro anos – diz enquanto “Lula” abre a porta da rua. – Você volta pro jantar, Luiz Inácio?


Lula – Volto. Essa corrida vai ser longa, mas eu volto. Depois que acostuma, a gente sempre quer voltar – olhando para a câmera com um sorriso maroto.

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