Juliano Cazarré queria ser jornalista
A vingança de Norma não seria a mesma sem Ismael, o capanga irônico vivido por Juliano Cazarré. Quem não lembra do personagem apelidando Léo de “Isaura”? Ator com rico currículo no cinema brasileiro – participou de longa-metragens de grande sucesso, como Tropa de Elite – só agora Cazarré está se tornando conhecido por uma fatia bem maior do público brasileiro, brilhando na novela das nove, Insensato Coração. “Para ser bem sincero, estou um pouco assustado com essa coisa das pessoas me reconhecerem. Porque o Ismael tem esse jeitão expansivo... Depois que eu conheço as pessoas, até tenho alguma coisa assim no meu jeito de falar, sou brincalhão. Mas, a princípio, eu sou bastante tímido. Porém, foi para isso que eu vim ao Rio de Janeiro, para fazer uma novela, para ter mais espaço para o meu trabalho. É um pouco assustador, mas é muito gratificante.”
Cazarré escolheu viver no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, com a mulher e o filho de 1 ano e 4 meses. Mas suas raízes são outras. Nascido em Pelotas, no Rio Grande do Sul, ele cresceu em Brasília, e mantém uma ligação muito forte com as duas cidades. “Nadava no Lago Paranoá no fim de semana... Quando eu fui ficando mais velho, fui muito para a Chapada dos Veadeiros, para Pirenópolis. Tenho muita saudade dessa época, dos amigos que eu tinha em Brasília. Penso em voltar para lá um dia.”
Apesar do sucesso como ator hoje, naquela época Cazarré nem pensava em seguir essa carreira. “Teatro é uma coisa mais tardia na minha vida, começou já fim do segundo grau. Foi meu pai que sugeriu que eu fizesse vestibular para Artes Cênicas. Segui o conselho, mas fiz também para Comunicação, Jornalismo, que era uma coisa que eu tinha achado que faria a vida inteira. Meu pai é jornalista e escritor. Mas logo eu fui me apaixonando pelo curso de Artes Cênicas. Todo mundo falando que era loucura, que a vida (de ator) é muito doida. Eu falava ‘olha, eu acho que dá pé. Mesmo que eu não vá ser ator, eu vou aprender alguma coisa aqui que vai servir para o que eu vou ser'”.
Mesmo assim, o prazer de escrever não acabou: O hobby dele é a literatura, praticando a escrita. "Tenho um conto publicado. Outro conto meu virou roteiro de um curta-metragem, chamado Ana Beatriz, que ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Brasília. A diretora é Clarissa Cardoso.” Ele conta que também gosta de escrever poemas, mas que ainda não é a hora de publicar, acha que deve amadurecer mais. “Gosto muito de João Cabral de Mello Neto, do (Mário) Quintana, do Alexei Bueno.”
Quando Cazarré saiu de Brasília, em 2007, já tinha feito o primeiro longa. Foi morar em São Paulo, para fazer muitos testes. Logo conseguiu um papel em uma série em um canal de TV a cabo. “Foi essa série que me propiciou sair de casa. Fio a primeira vez que aluguei um apartamento, pagando as contas e tal.” Foram muitos testes – e muitos trabalhos, totalizando em onze filmes.
Qual seria o segredo para ser aprovado em tantos testes? “Eu sempre encarei o teste como se fosse um dia de filmagem. Chegava na atitude. No começo, ninguém me conhecia, mas eu ia fazer o teste e estava lá a Leandra Leal, ou eu ia trabalhar com o Mateus (Nachtergaele)... Eu sempre me policiei muito para não me apequenar, não me acovardar na frente dessas pessoas, pelo fato de serem ídolos meus, gente famosa, grandes atores. Eu chegava lá e pensava ‘eu estou aqui porque mereço estar aqui, olhar no olho e vamos nessa’. Acho que foi a atitude correta no teste.”
Relação com Gloria Pires e Gabriel Braga Nunes
Apesar do sucesso como ator hoje, naquela época Cazarré nem pensava em seguir essa carreira. “Teatro é uma coisa mais tardia na minha vida, começou já fim do segundo grau. Foi meu pai que sugeriu que eu fizesse vestibular para Artes Cênicas. Segui o conselho, mas fiz também para Comunicação, Jornalismo, que era uma coisa que eu tinha achado que faria a vida inteira. Meu pai é jornalista e escritor. Mas logo eu fui me apaixonando pelo curso de Artes Cênicas. Todo mundo falando que era loucura, que a vida (de ator) é muito doida. Eu falava ‘olha, eu acho que dá pé. Mesmo que eu não vá ser ator, eu vou aprender alguma coisa aqui que vai servir para o que eu vou ser'”.
Mesmo assim, o prazer de escrever não acabou: O hobby dele é a literatura, praticando a escrita. "Tenho um conto publicado. Outro conto meu virou roteiro de um curta-metragem, chamado Ana Beatriz, que ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Brasília. A diretora é Clarissa Cardoso.” Ele conta que também gosta de escrever poemas, mas que ainda não é a hora de publicar, acha que deve amadurecer mais. “Gosto muito de João Cabral de Mello Neto, do (Mário) Quintana, do Alexei Bueno.”
Qual seria o segredo para ser aprovado em tantos testes? “Eu sempre encarei o teste como se fosse um dia de filmagem. Chegava na atitude. No começo, ninguém me conhecia, mas eu ia fazer o teste e estava lá a Leandra Leal, ou eu ia trabalhar com o Mateus (Nachtergaele)... Eu sempre me policiei muito para não me apequenar, não me acovardar na frente dessas pessoas, pelo fato de serem ídolos meus, gente famosa, grandes atores. Eu chegava lá e pensava ‘eu estou aqui porque mereço estar aqui, olhar no olho e vamos nessa’. Acho que foi a atitude correta no teste.”
Relação com Gloria Pires e Gabriel Braga Nunes
A relação com Gloria Pires, Gabriel Braga Nunes, Cristina Galvão (Jandira) e Deborah Evelyn (Eunice), nos bastidores e nas gravações de Insensato Coração, também tem sido boa. "Acho que dei muita sorte, porque eu só peguei gente fina para trabalhar aqui. Estou indo para o set já muito confortável. São todos atores experimentados, gente que não tem melindre. Eu posso chegar e propor uma coisa na cena que eles vão junto. Eles podem propor e eu vou junto também. Ninguém tem uma atitude estrela.”
Ismael parece ser mesmo um papel marcante na carreira de Cazarré. “Agora eu estou na cena desde que ela começa, não é para dar uma frasezinha só. Estou podendo mostrar o meu trabalho de uma maneira mais contundente, pegar o texto e construi-lo, botar caco, botar gesto. É isso que eu estou adorando na TV. Fora da coisa da prontidão, de que todo ator fala. Fazer muitas cenas no dia, de ensaiar uma vez e gravar já de primeira. É uma coisa que eu estou aprendendo.”Parte desses cacos está ajudando a trazer algum humor para o perigoso bandido que se tornou capanga de Norma. “Sempre faço questão de errar uma concordância, comer um plural. Diferente do que a novela mostra do Leonardo, que, desde pequenininho já era malvado, acho que o Ismael é um cara que foi se tornando pior ao longo da vida dele. Por isso, tento fazê-lo como se ele ainda tivesse algum humor, alguma leveza, alguma luz. Eu tentei fugir dessa coisa de ele ser tão mau, mau, mau.”
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