A Convivência de Thelma Guedes e Duca Rachid

Thelma e Duca são autoras da novela das seis Foto: Zé Paulo Cardeal / Divulgação / TV Globo

Carla Bittencourt


Uma é paulista, a outra é carioca. Uma é jornalista, a outra é formada em Letras. Uma é de Sagitário, a outra é de Gêmeos. Uma é quieta e a outra fala pelos cotovelos. Assim são Duca Rachid e Thelma Guedes, autoras de "Cordel encantado", um dos maiores sucessos da TV nos últimos tempos. Quem as vê juntas pensa logo que são amigas de infância, mas as duas só foram apresentadas quando foram escaladas para fazer a adaptação de "O profeta", em 2006.


— Fomos colaboradoras do Walcyr (Carrasco) em momentos diferentes. Quando ele foi convidado para fazer o remake de "O profeta", disse que queria se dedicar ao horário das sete e falou que poderia indicar duas autoras — conta Thelma.


Trabalhando de domingo a domingo sem folga, elas não viraram apenas parceiras profissionais.


— Nossa amizade é mágica. Vivemos um verdadeiro casamento — diz Duca.


Mas a união é vivida a quatro, é bom que se diga. Duca é casada com o designer gráfico e ilustrador Pedro Lucente e tem uma filha, Marina, de 12 anos. Já Thelma é mulher, há 16, do escritor Eromar Bomfim. Ela não é mãe, mas trata as enteadas, Mariana, de 30 anos, e Helena, de 28, como se fossem suas filhas. E ainda tem uma "netinha-afilhada", Laura, de 1 aninho.


— Temos uma linda relação, de grande amor. Sou muitíssimo amiga da mãe delas. Somos uma grande família moderna e unida! — diz Thelma, a mais falante.


E como em todo bom casamento, há momentos de tempestade na relação das autoras.


— A gente já parou na delegacia e no hospital. A Globo abafa o caso — brinca Thelma.


Duca explica os entreveros:


— Me preocupo com o cronograma de entrega de capítulo, horário, sou prática. Thelma é preciosista, fica "bordando" cada frase. Sou muito mais "pá pum". E ela fica lá...


A dupla se diverte contando os causos, mas afirma que o bicho pega quando os hormônios femininos ficam à flor da pele. O que, aliás, é uma novidade em tempos de "Cordel encantado". Parceiras também em "Cama de gato", de 2009, elas experimentam, pela primeira vez, a parte chata do casamento.


— Em "O profeta", a gente não brigava. Em "Cama", tivemos pouquíssimos desentendimentos. Mas em "Cordel"... Caraca! Brigamos, choramos, ligamos uma para a outra no celular. Desligamos, choramos mais. É uma loucura! Depois, a gente vai fazer compras para desestressar. Chega a ser ridículo — diz Thelma, aos risos.


Duca conta ainda que são os maridos de ambas que fazem as vezes de ouvintes:


— Meu marido fala que eu não fico tão arrasada nem quando brigo com ele.

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