segunda-feira, 13 de junho de 2011

Magazine Luíza compra Baú da Felicidade


O Magazine Luiza (MGLU3) acertou a compra das lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Sílvio Santos, consolidando a posição de segundo maior grupo varejista de eletrônicos e eletrodomésticos do país.


A rede comandada por Luiza Helena Trajano desembolsará R$ 83 milhões pelo Baú, em uma operação envolvendo 121 lojas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, segundo fato relevante ao mercado nesta segunda-feira. Além disso, o Magazine Luiza adiciona 3 milhões de clientes à sua base de cartões.


A aquisição marca o primeiro movimento da varejista após ter reforçado o caixa em abril com mais de R$ 600 milhões com sua Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês).



"As lojas do Baú estão localizadas em pontos comerciais estratégicos, com foco na classe C, mesmo público-alvo das lojas do Magazine Luiza", afirmou a varejista.


O movimento de consolidação entre redes varejistas no Brasil ganhou força após o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4), alcançar a liderança absoluta do setor com as compras de Ponto Frio e Casas Bahia, anunciadas em 2009.


Depois de perder a disputa de Ponto Frio e Insinuante para Pão de Açúcar e Ricardo Eletro, respectivamente, o Magazine Luiza desembarcou no Nordeste, onde ainda não tinha operações, ao adquirir a Lojas Maia em julho do ano passado.


Já a Máquina de Vendas, resultante da união de Ricardo Eletro e Insinuante, incorporou a City Lar em junho de 2010.


A Máquina de Vendas ainda tem mais lojas que o Magazine Luiza, com 750 unidades contra 732 de Luiza e Baú juntos, com base em números de 2010.


Mas somando as vendas do Baú de R$ 415 milhões, o Magazine Luiza teria faturamento bruto de R$ 6,1 bilhões no último ano, contra R$ 5,7 bilhões da Máquina de Vendas.


Integração


O Magazine Luiza --que prevê atingir faturamento anual de R$ 15 bilhões até 2015-- espera integrar as lojas do Baú nos próximos seis meses.


O Magazine Luiza não deu detalhes sobre utilização da marca Baú da Felicidade e previsão de faturamento, mas afirmou que o valor da operação considera "que as lojas não terão nenhuma dívida ou caixa a serem pagos integralmente na data de fechamento da transação", prevista para 31 de julho.


Algumas unidades do Baú podem ser fechadas, vendidas, transferidas ou integradas para evitar sobreposição em determinadas cidades. Parte das unidades adquiridas, principalmente no Paraná, também deve ser convertida em lojas virtuais.


Em novembro do ano passado, a descoberta de inconsistências no balanço do banco Panamericano, também parte do Grupo Silvio Santos na época, levaram o empresário e apresentador a fazer um aporte bilionário na intituição, que acabou sendo vendida ao BTG Pactual no final de janeiro.


Na ocasião, o Baú despertou interesse do bilionário mexicano Ricardo Salinas, dono da rede de eletrodomésticos Elektra e do Banco Azteca, e da MM Mercadomóveis, varejista da região Sul do país, mas nenhuma oferta chegou a ser apresentada.


(Por Vivian Pereira)
UOL

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