sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Entrevista com Larissa Maciel, a Felícia de Passione


Em “Passione”, Larissa Maciel deixou para trás a imagem poderosa da cantora Maysa, papel que marcou sua estreia na TV, para interpretar a discreta Felícia. “Percebi uma chance de mostrar outra faceta do meu trabalho”, conta a atriz de 32 anos aos leitores do EXTRA. A convidada desta semana do “Você entrevista” diz ainda que torce pelo final feliz da solitária personagem.

— Maysa foi um dos papéis mais marcantes de sua carreira. Você ainda é muito lembrada por ele? Prefere fazer personagens de época?
@vidadegayroto, via Twitter
— A Maysa é uma personagem pela qual eu tenho o maior carinho! Fico muito feliz que as pessoas ainda se lembrem da minissérie. Adoro papéis de época porque permitem que o ator vivencie outras formas de agir, de pensar... Mas os contemporâneos também me encantam, levantam discussões que fazem parte do nosso dia a dia. Não tenho uma preferência.

— Como foi a mudança de uma personagem tão ousada como a Maysa para a Felícia?
Pedro de Lara
— O mais legal da profissão de atriz é justamente poder fazer papéis completamente diferentes. Desde que fiz o teste para Felícia, adorei a possibilidade de interpretar uma mulher tímida, solitária, sem consciência de seus potenciais... Percebi uma chance de mostrar outra faceta do meu trabalho para vocês.

— Existe alguma semelhança entre as duas?
Soraia Alves Linhares
— As duas são mulheres que acreditam no amor. Felícia é passiva, quer amar, mas acha que nenhum homem vai olhar para ela. Maysa lutava até conquistar o homem que queria, tinha plena consciência de que era uma mulher atraente. Mas de resto são personalidades totalmente opostas.

— Você se identifica mais com a vaidade da Maysa ou com o despojamento da Felícia?
Elvira Akchourin do Nascimento
— Sou bem vaidosa! Gosto de maquiagem, creminhos, moda... Mas não faço da vaidade o foco da minha vida. Acho a Felícia despojada demais, mas vejo isso, no caso dela, como o reflexo de uma pessoa que tenta se esconder da vida.

— É mais difícil interpretar alguém que existiu?
Mirela Marques Campos
— Não acho que seja mais difícil, é diferente. No caso da Maysa, muita gente lembrava dela, então o processo de composição foi bem longo, cuidadoso, para que eu me aproximasse do que ela era.

— Como seria sua postura diante de uma situação como a da Felícia e da Fátima?
Jean Pierry Leonardo O. dos Santos
— Eu teria assumido a minha filha. Jamais deixaria que a minha mãe assumisse o meu lugar. Mas aí é que está a diferença: na minha casa sempre houve diálogo. Acredito que a falta de esclarecimento só aumenta o problema.

— Que destino você espera para a Felícia?
Marcos da Rocha
— Espero que ela saia da concha em que vive e enfrente a vida. Que descubra que a gente não pode deixar a vida passar sem tomar partido, sem lutar pelos sonhos. Torço para que ela seja feliz.

— Sua personagem trava uma batalha com a filha adolescente. E você, sente-se preparada para a maternidade?
Ana Maria de Oliveira
— Tenho muita vontade de ser mãe, sim, mas vou esperar um pouco. Espero estar preparada para dar uma boa educação, como a que tive dos meus pais.

— O que mudou na sua vida depois da fama?
Cíntia Teixeira
— Não me vejo como “a famosa”. Continuo a mesma pessoa que sempre fui. Mudei de cidade, meu trabalho ficou conhecido nacionalmente, tenho a possibilidade de contracenar com atores que sempre admirei e tenho uma estabilidade infinitamente maior do que quando era atriz em Porto Alegre. Mas não acho que isso seja consequência da fama, e sim do caminho que tracei.

— Você costuma acompanhar suas atuações na TV?
Elvira Akchourin do Nascimento
— Faço questão de assistir. Uma coisa é a sensação que a gente tem enquanto grava, outra é quando vemos de fora quando vai ao ar pela TV. Tem cenas de que gosto mais, outras menos. Tento dar o meu melhor a cada cena.

— O que ainda quer realizar na vida?
Maura Senna Pires
— Sou uma pessoa agradecida por tudo de bom que acontece na minha vida. Mas, a cada nova conquista, descubro algo novo para realizar. É isso que move as pessoas, não?

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