De acordo com o vice-presidente do grupo, Lásaro do Carmo Jr., o negócio deve ser fechado entre 60 e 90 dias e segue a venda da Braspag, de processamento de pagamentos online, para Cielo, anunciada na terça-feira.
Depois de perder o PanAmericano, após uma fraude contábil que gerou um rombo de R$ 4 bilhões, o grupo Silvio Santos decidiu se reestruturar para não sofrer os impactos da venda do banco.
Para isso, vai focar em três pilares "estratégicos" nos próximos cinco anos. Consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização concentrando esforços na Liderança Capitalização (Tele Sena).
"Nós eramos um grupo muito pulverizado e resolvemos focar naquilo que é o grande conhecimento do grupo. Assim, o foco dos investimentos serão os mercados de maior potencial para nós", disse Carmo à Folha. "O Banco não vai fazer mais falta para a gente."
Dentro desse plano, o grupo decidiu se desfazer da Braspag e do Baú. Outras empresas, como a seguradora Panseg, a construtora Sisan e os hotéis Jequitimar permanecem no grupo, mas sem grandes investimentos, diz o executivo.
A venda do Baú está sendo negociada pelo Bradesco BBI. De acordo com Carmo, o grupo decidiu vender a empresa por não conseguir competir adequadamente no setor. "O varejo no Brasil sempre foi commodity. Para competir nesse mercado, você tem de ser um Wal-Mart, um Pão de Açúcar."
OFERTA
No ano passado, o bilionário mexicano Ricardo Salinas, dono da rede de eletrodomésticos Elektra e do Banco Azteca, fez uma oferta oficial para comprar as rede de lojas do Baú da Felicidade, mas o negócio não se concretizou.
As lojas do Baú estão localizadas em São Paulo e no Paraná e a empresa vinha passando por dificuldades desde que adquiriu a Dudony, em recuperação judicial, com dívida de R$ 100 milhões. De acordo com Carmo, o Baú fatura hoje R$ 400 milhões por ano. Ele não afirmou, porém, se os últimos balanços da companhia registraram lucro ou prejuízo.
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