Renato Rocha Miranda e Márcio de Souza/TV Globo
Alexandre vive o anjo Seth e contracena com Jayme Matarazzo
Alexandre Rodrigues já foi pedreiro, camelô, office boy e florista na vida real, mas não imaginava que um dia podia ser anjo. E, graças à ficção, o ator, que entrou para a história do cinema nacional como o Buscapé de "Cidade de Deus", ganha asas na nova novela das 18h, "Escrito nas Estrelas", de Elizabeth Jhin. Além de aprontar todas no plano superior, ele tem como dever tomar conta do mocinho da trama, Daniel (Jayme Matarazzo) "O Seth toma conta para que Daniel não interfira muito na vida dos familiares, com suas idas e vindas ao mundo material, para que possa evoluir espiritualmente", explica.
O Espiritismo é um dos temas abordados pelo folhetim, e Alexandre faz parte do elenco de atores adeptos da doutrina. Para compor Seth, ele conta ter recorrido a famosos seres celestes do cinema. "Busquei referências no filme ‘Cidade dos Anjos', de 1998, em que o Nicolas Cage interpreta um anjo também chamado Seth. Antes da novela eu já frequentava alguns centros espíritas. Me considero espírita, mas não sou assíduo. Já fui protestante e umbandista. Foi na religião espírita que me encontrei", conta o jovem nascido e criado na comunidade do Cantagalo
Mesmo depois de atuar ao lado de grandes cineastas como o brasileiro Fernando Meirelles e o chileno Jorge Durán, o fã de Denzel Washington e Spike Lee, ídolos com os quais sonha trabalhar quando conquistar fluência em inglês, diz ainda se sentir ansioso e inseguro. Para espantar as aflições, ele tem suas superstições ao iniciar um novo trabalho: "Tenho um escapulário que ganhei e não tiro do pescoço por nada. Ele já arrebentou, mas eu emendei novamente. Sempre que vou começar a gravar ou entrar num set, piso com o pé direito: isso para mim é uma lei. O ser humano tem a mania de pedir, mas não sabe agradecer. Agradeço sempre por tudo o que tem acontecido na minha vida".
Leia a seguir a entrevista na íntegra.
TE CONTEI: Qual é a missão do Seth, seu personagem na novela "Escrito nas Estrelas"?
ALEXANDRE RODRIGUES: A missão do Seth é proteger o Daniel (Jayme Matarazzo), um espírito que desencarnou de forma súbita, e os parentes dele. O Seth toma conta para que Daniel não interfira muito na vida dos familiares, com suas idas e vindas ao mundo material, para que possa evoluir espiritualmente.
TC: Você é espírita? Como fez para compor o personagem?
AR: Busquei referências no filme "Cidade dos Anjos", de 1998, em que o Nicolas Cage interpreta um anjo também chamado Seth. Antes da novela, eu já frequentava alguns centros espíritas. Me considero espírita, mas não sou assíduo. Já fui protestante e umbandista. Acredito na Bíblia e nas coisas que eu sinto serem verdadeiras. Foi na religião espírita que me encontrei.
TC: Você tem faz algum tipo ritual quando vai iniciar um novo trabalho?
AR: Tenho um escapulário que ganhei e não tiro do pescoço por nada. Ele já arrebentou, mas eu emendei novamente. Sempre que vou começar a gravar ou entrar num set piso com o pé direito: isso para mim é uma lei. O ser humano tem a mania de pedir, mas não sabe agradecer. Agradeço sempre por tudo o que tem acontecido na minha vida. Acho que por isso me sinto conectado com Deus e com a natureza.
TC: Outro tema abordado pela novela será a reprodução assistida. O que aprendeu sobre este assunto? O que mais chamou a sua atenção sobre a questão?
AR: Ainda não tenho uma opinião formada sobre este assunto. Quando o feto já está fecundado, tenho certeza que ali ele já possui um espírito. Agora, quando o sêmen está congelado, não sei se ali habita um espírito. Na minha opinião os clones possuem um espírito diferente do doador do sêmen.
TC: Você é um ator com uma presença muito forte no cinema, desde o filme "Cidade de Deus" (2002). Que mudanças a sua vida profissional sofreu após o longa?
AR: Minha vida começou depois do filme. Foi a partir dele que tive uma visão de mundo mais ampla. Foi um choque sair da comunidade do Cantagalo, em Ipanema, da minha casa que ainda não estava pronta e com goteiras e, de repente, parar em um hotel de luxo em Cannes, de frente para o mar, vendo pela janela a Jennifer Lopez passar na rua. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Não tinha a menor noção do que era aquele festival.
TC: Em meio a tantas celebridades internacionais, como foi ser reconhecido em Cannes por sua atuação em "Cidade de Deus"?
AR: Foi muito engraçado porque quando chegamos e passamos pelo tapete vermelho, ninguém sabia quem éramos. Nos colocaram em uma fileira bem na frente do palco. Depois que o filme foi exibido, só a luz de nossa fileira ficou acesa, o resto do teatro estava totalmente escuro e fomos aplaudidos por mais de cinco minutos de pé pelos franceses, que são considerados muito exigentes, mas que se emocionaram muito. Quando saímos pelo mesmo tapete vermelho todo mundo veio nos cumprimentar.
TC: Você conseguiu realizar algum sonho de consumo depois que se firmou na carreira de ator?
AR: Consegui comprar uma casa para minha mãe (Rosângela Piedade) e recentemente fiz uma grande festa para ela, que completou 50 anos. Minha mãe é especial demais na minha vida. Ela merece todas as homenagens possíveis. Ainda este ano pretendo morar sozinho e comprar o meu carro.
TC: Por que decidiu ser ator?
AR: Nunca desejei do fundo do meu coração seguir esta profissão. As oportunidades foram surgindo em minha vida de forma inesperada. Tudo o que está acontecendo tem sido da vontade de Deus. Já fui pedreiro, camelô, office boy e florista. Não consegui ficar mais do que um dia nestas profissões (risos). Sempre ouvia uma voz dentro de mim dizendo que meu trabalho tinha que ser com a grande massa. Adoro minha profissão, porque me possibilita a transitar por várias outras.
TC: Você teve o apoio da sua família?
AR: Minha mãe sempre me apoiou em tudo. Ela nunca me deixou ficar com tempo ocioso. No ginásio estudava de manhã e, à tarde, fazia curso de artes cênicas no colégio. Engraçado que esta disciplina não existia antes na minha escola. Do nada a professora apareceu e fiz este curso sem saber que era ligado ao teatro.
TC: Você pretende continuar estudando ou prefere aprender na prática?
AR: Fiz vários cursos profissionalizantes como ator. Em 1998 me formei no curso da Zezé Motta. Estou estudando inglês sozinho. Pego vários filmes legendados, ouço músicas em inglês e depois faço a tradução. Tenho aprendido bastante. Quando estiver com o idioma fluente farei uma especialização no exterior.
TC: Qual é o seu maior sonho como ator? Com quem pretende trabalhar?
AR: Quero atuar ao lado do Denzel Washington e ser dirigido pelo Spike Lee. Assim que me sentir seguro com o idioma, vou procurá-los!
TC: O que gosta de fazer quando não está trabalhando?
AR: Estar com o meu filho, João Pedro, de 3 anos, que amo muito, andar de bicicleta e ouvir música.
TC: Quais são seus projetos para este ano, além da novela?
AR: Neste momento quero me dedicar exclusivamente às novela. Mas se aparecer um filme acho que acabo fazendo (risos).
Alexandre vive o anjo Seth e contracena com Jayme Matarazzo
Alexandre Rodrigues já foi pedreiro, camelô, office boy e florista na vida real, mas não imaginava que um dia podia ser anjo. E, graças à ficção, o ator, que entrou para a história do cinema nacional como o Buscapé de "Cidade de Deus", ganha asas na nova novela das 18h, "Escrito nas Estrelas", de Elizabeth Jhin. Além de aprontar todas no plano superior, ele tem como dever tomar conta do mocinho da trama, Daniel (Jayme Matarazzo) "O Seth toma conta para que Daniel não interfira muito na vida dos familiares, com suas idas e vindas ao mundo material, para que possa evoluir espiritualmente", explica.
O Espiritismo é um dos temas abordados pelo folhetim, e Alexandre faz parte do elenco de atores adeptos da doutrina. Para compor Seth, ele conta ter recorrido a famosos seres celestes do cinema. "Busquei referências no filme ‘Cidade dos Anjos', de 1998, em que o Nicolas Cage interpreta um anjo também chamado Seth. Antes da novela eu já frequentava alguns centros espíritas. Me considero espírita, mas não sou assíduo. Já fui protestante e umbandista. Foi na religião espírita que me encontrei", conta o jovem nascido e criado na comunidade do Cantagalo
Mesmo depois de atuar ao lado de grandes cineastas como o brasileiro Fernando Meirelles e o chileno Jorge Durán, o fã de Denzel Washington e Spike Lee, ídolos com os quais sonha trabalhar quando conquistar fluência em inglês, diz ainda se sentir ansioso e inseguro. Para espantar as aflições, ele tem suas superstições ao iniciar um novo trabalho: "Tenho um escapulário que ganhei e não tiro do pescoço por nada. Ele já arrebentou, mas eu emendei novamente. Sempre que vou começar a gravar ou entrar num set, piso com o pé direito: isso para mim é uma lei. O ser humano tem a mania de pedir, mas não sabe agradecer. Agradeço sempre por tudo o que tem acontecido na minha vida".
Leia a seguir a entrevista na íntegra.
TE CONTEI: Qual é a missão do Seth, seu personagem na novela "Escrito nas Estrelas"?
ALEXANDRE RODRIGUES: A missão do Seth é proteger o Daniel (Jayme Matarazzo), um espírito que desencarnou de forma súbita, e os parentes dele. O Seth toma conta para que Daniel não interfira muito na vida dos familiares, com suas idas e vindas ao mundo material, para que possa evoluir espiritualmente.
TC: Você é espírita? Como fez para compor o personagem?
AR: Busquei referências no filme "Cidade dos Anjos", de 1998, em que o Nicolas Cage interpreta um anjo também chamado Seth. Antes da novela, eu já frequentava alguns centros espíritas. Me considero espírita, mas não sou assíduo. Já fui protestante e umbandista. Acredito na Bíblia e nas coisas que eu sinto serem verdadeiras. Foi na religião espírita que me encontrei.
TC: Você tem faz algum tipo ritual quando vai iniciar um novo trabalho?
AR: Tenho um escapulário que ganhei e não tiro do pescoço por nada. Ele já arrebentou, mas eu emendei novamente. Sempre que vou começar a gravar ou entrar num set piso com o pé direito: isso para mim é uma lei. O ser humano tem a mania de pedir, mas não sabe agradecer. Agradeço sempre por tudo o que tem acontecido na minha vida. Acho que por isso me sinto conectado com Deus e com a natureza.
TC: Outro tema abordado pela novela será a reprodução assistida. O que aprendeu sobre este assunto? O que mais chamou a sua atenção sobre a questão?
AR: Ainda não tenho uma opinião formada sobre este assunto. Quando o feto já está fecundado, tenho certeza que ali ele já possui um espírito. Agora, quando o sêmen está congelado, não sei se ali habita um espírito. Na minha opinião os clones possuem um espírito diferente do doador do sêmen.
TC: Você é um ator com uma presença muito forte no cinema, desde o filme "Cidade de Deus" (2002). Que mudanças a sua vida profissional sofreu após o longa?
AR: Minha vida começou depois do filme. Foi a partir dele que tive uma visão de mundo mais ampla. Foi um choque sair da comunidade do Cantagalo, em Ipanema, da minha casa que ainda não estava pronta e com goteiras e, de repente, parar em um hotel de luxo em Cannes, de frente para o mar, vendo pela janela a Jennifer Lopez passar na rua. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Não tinha a menor noção do que era aquele festival.
TC: Em meio a tantas celebridades internacionais, como foi ser reconhecido em Cannes por sua atuação em "Cidade de Deus"?
AR: Foi muito engraçado porque quando chegamos e passamos pelo tapete vermelho, ninguém sabia quem éramos. Nos colocaram em uma fileira bem na frente do palco. Depois que o filme foi exibido, só a luz de nossa fileira ficou acesa, o resto do teatro estava totalmente escuro e fomos aplaudidos por mais de cinco minutos de pé pelos franceses, que são considerados muito exigentes, mas que se emocionaram muito. Quando saímos pelo mesmo tapete vermelho todo mundo veio nos cumprimentar.
TC: Você conseguiu realizar algum sonho de consumo depois que se firmou na carreira de ator?
AR: Consegui comprar uma casa para minha mãe (Rosângela Piedade) e recentemente fiz uma grande festa para ela, que completou 50 anos. Minha mãe é especial demais na minha vida. Ela merece todas as homenagens possíveis. Ainda este ano pretendo morar sozinho e comprar o meu carro.
TC: Por que decidiu ser ator?
AR: Nunca desejei do fundo do meu coração seguir esta profissão. As oportunidades foram surgindo em minha vida de forma inesperada. Tudo o que está acontecendo tem sido da vontade de Deus. Já fui pedreiro, camelô, office boy e florista. Não consegui ficar mais do que um dia nestas profissões (risos). Sempre ouvia uma voz dentro de mim dizendo que meu trabalho tinha que ser com a grande massa. Adoro minha profissão, porque me possibilita a transitar por várias outras.
TC: Você teve o apoio da sua família?
AR: Minha mãe sempre me apoiou em tudo. Ela nunca me deixou ficar com tempo ocioso. No ginásio estudava de manhã e, à tarde, fazia curso de artes cênicas no colégio. Engraçado que esta disciplina não existia antes na minha escola. Do nada a professora apareceu e fiz este curso sem saber que era ligado ao teatro.
TC: Você pretende continuar estudando ou prefere aprender na prática?
AR: Fiz vários cursos profissionalizantes como ator. Em 1998 me formei no curso da Zezé Motta. Estou estudando inglês sozinho. Pego vários filmes legendados, ouço músicas em inglês e depois faço a tradução. Tenho aprendido bastante. Quando estiver com o idioma fluente farei uma especialização no exterior.
TC: Qual é o seu maior sonho como ator? Com quem pretende trabalhar?
AR: Quero atuar ao lado do Denzel Washington e ser dirigido pelo Spike Lee. Assim que me sentir seguro com o idioma, vou procurá-los!
TC: O que gosta de fazer quando não está trabalhando?
AR: Estar com o meu filho, João Pedro, de 3 anos, que amo muito, andar de bicicleta e ouvir música.
TC: Quais são seus projetos para este ano, além da novela?
AR: Neste momento quero me dedicar exclusivamente às novela. Mas se aparecer um filme acho que acabo fazendo (risos).
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