Por onde anda Beatriz Bertu, o bebê de 'Bebê a bordo'?
Aos dez meses, ela era Heleninha na novela de Carlos Lombardi; hoje, aos 22 anos, ela retoma a carreira de atriz na peça 'Cinema', de Felipe Hirsch.
Renata Sakai
Beatriz Bertu, o bebê de 'Bebê a Bordo' tem 22 anos e está em cartaz em 'Cinema'
Avenida Paulista, 1988: Ana (Isabela Garcia) dá à luz no carro de Tonico (Tony Ramos) e foge dando início a uma disputa por Heleninha, o bebê de "Bebê a bordo". Hoje, duas décadas depois, Beatriz Bertu, a miniprotagonista de uma das mais populares novelas das sete, vive uma nova etapa de sua vida. E o ponto de partida é a mesma rua.
A atriz, agora como 22 anos, está em cartaz com sua primeira peça profissional, "Cinema", no Teatro Popular do Sesi, o número 1313 da Avenida Paulista, que já abrigou montagens do diretor Felipe Hirsch e sua Sutil Companhia de Teatro.
"Outro dia estava fazendo um trabalho sobre 'Avenida Dropsie' (outra peça da companhia) para a faculdade, agora estou aqui nesta peça", surpreende-se a estudante de artes cênicas da UniRio, que passou por uma seleção com cerca de 1.500 inscritos para conseguir uma vaga no elenco.
Com o novo trabalho, vem também outra estreia, na vida independente. "É a primeira vez que estou morando sozinha. Primeiro passei dois meses ensaiando em Curitiba. Agora estou em São Paulo e me adaptei bem mais facilmente do que imaginei", conta ela, que de segunda a quarta mora com os pais no Rio de Janeiro e no resto da semana hospeda-se na casa de amigos na capital paulista. "Minha vida é uma mala", brinca.
Após 'Bebê a Bordo', tempo para ser criança
A decisão de seguir a carreira de atriz, ao contrário do que se possa imaginar, não veio após o sucesso de Heleninha em "Bebê a bordo". "Sai daquela loucura de gravação quando acabou a novela. Depois fui ser criança, brincar, fazer esportes", conta. A decisão de voltar aos palcos foi tomada só na adolescência.
"Aos 15, fui fazer um curso livre de teatro na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), com 17 entrei em um curso técnico, depois fui para faculdade."
Foi então que o teatro ganhou uma atriz e o trampolim acrobático perdeu uma atleta com potencial. Até os 15 anos, Bia era ginasta federada. "Já participei de dois mundiais (África do Sul, 1999, e Dinamarca, 2001), fui campeã brasileira e estadual no trampolim", enumera ela, sobre as conquistas na modalidade que em 2000 virou esporte olímpico.
Atualmente, devido a problemas que teve no joelho pela prática do esporte, ela está aposentada dos pulos e só sobe numa cama elástica para brincar mesmo.
Até o estalo aos 15 anos, ser artista nunca foi algo perseguido pela caçula dos Bertu. Filha de um engenheiro e uma comerciante, ela acabou em "Bebê a bordo" quase sem querer. "Minha avó viu um anúncio de jornal. Fiz um teste, fui aprovada na hora e no dia seguinte já estava gravando", conta. O sucesso de Heleninha foi tão grande que as aventuras do bebezinho "órfão" que passava de mão em mão foram se multiplicando. "Gravava 30 cenas por dia, não tinha gêmea, era só eu. Fiquei muito doente na época da novela, tive duas pneumonias, quatro estafas", revela Bia, que tinha apenas dez meses quando se iniciou a novela.
Aos dez meses, ela era Heleninha na novela de Carlos Lombardi; hoje, aos 22 anos, ela retoma a carreira de atriz na peça 'Cinema', de Felipe Hirsch.
Renata Sakai
Beatriz Bertu, o bebê de 'Bebê a Bordo' tem 22 anos e está em cartaz em 'Cinema'
Avenida Paulista, 1988: Ana (Isabela Garcia) dá à luz no carro de Tonico (Tony Ramos) e foge dando início a uma disputa por Heleninha, o bebê de "Bebê a bordo". Hoje, duas décadas depois, Beatriz Bertu, a miniprotagonista de uma das mais populares novelas das sete, vive uma nova etapa de sua vida. E o ponto de partida é a mesma rua.
A atriz, agora como 22 anos, está em cartaz com sua primeira peça profissional, "Cinema", no Teatro Popular do Sesi, o número 1313 da Avenida Paulista, que já abrigou montagens do diretor Felipe Hirsch e sua Sutil Companhia de Teatro.
"Outro dia estava fazendo um trabalho sobre 'Avenida Dropsie' (outra peça da companhia) para a faculdade, agora estou aqui nesta peça", surpreende-se a estudante de artes cênicas da UniRio, que passou por uma seleção com cerca de 1.500 inscritos para conseguir uma vaga no elenco.
Com o novo trabalho, vem também outra estreia, na vida independente. "É a primeira vez que estou morando sozinha. Primeiro passei dois meses ensaiando em Curitiba. Agora estou em São Paulo e me adaptei bem mais facilmente do que imaginei", conta ela, que de segunda a quarta mora com os pais no Rio de Janeiro e no resto da semana hospeda-se na casa de amigos na capital paulista. "Minha vida é uma mala", brinca.
Após 'Bebê a Bordo', tempo para ser criança
A decisão de seguir a carreira de atriz, ao contrário do que se possa imaginar, não veio após o sucesso de Heleninha em "Bebê a bordo". "Sai daquela loucura de gravação quando acabou a novela. Depois fui ser criança, brincar, fazer esportes", conta. A decisão de voltar aos palcos foi tomada só na adolescência.
"Aos 15, fui fazer um curso livre de teatro na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), com 17 entrei em um curso técnico, depois fui para faculdade."
Foi então que o teatro ganhou uma atriz e o trampolim acrobático perdeu uma atleta com potencial. Até os 15 anos, Bia era ginasta federada. "Já participei de dois mundiais (África do Sul, 1999, e Dinamarca, 2001), fui campeã brasileira e estadual no trampolim", enumera ela, sobre as conquistas na modalidade que em 2000 virou esporte olímpico.
Atualmente, devido a problemas que teve no joelho pela prática do esporte, ela está aposentada dos pulos e só sobe numa cama elástica para brincar mesmo.
Até o estalo aos 15 anos, ser artista nunca foi algo perseguido pela caçula dos Bertu. Filha de um engenheiro e uma comerciante, ela acabou em "Bebê a bordo" quase sem querer. "Minha avó viu um anúncio de jornal. Fiz um teste, fui aprovada na hora e no dia seguinte já estava gravando", conta. O sucesso de Heleninha foi tão grande que as aventuras do bebezinho "órfão" que passava de mão em mão foram se multiplicando. "Gravava 30 cenas por dia, não tinha gêmea, era só eu. Fiquei muito doente na época da novela, tive duas pneumonias, quatro estafas", revela Bia, que tinha apenas dez meses quando se iniciou a novela.
Por causa da peça, Bia está morando sozinha pela primeira vez Da época como Heleninha, Beatriz não tem muitas lembranças, apenas um álbum de fotos, as histórias contadas por seus pais e alguns reencontros memoráveis, como a vez que viu Carla Marins, antiga colega de elenco em "Bebê a bordo" e estudante da mesma faculdade de Bia. "Um amigo meu disse para Carla: 'o bebê de 'Bebê a bordo' está estudando aqui'. Carla então me viu e começou a chorar. Acho que ficou emocionada de me ver grande", conta ela, que já reencontrou Isabela Garcia, sua mãe na trama, mas nunca reviu seu "protetor" Tony Ramos. "Gostaria muito de encontrar com ele, sabia? Meus pais contam que era a pessoa mais querida do mundo."
Beatriz pode não lembrar de como era ser Heleninha, mas o povo ainda lembra. "As pessoas continuam me reconhecendo, eu fico chocada como elas conseguem lembrar de mim ainda".
E você, a reconheceria na rua?
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