quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mentiras em 'Amor e Revolução'

Não é a primeira novela que abordou a ditadura militar

"Amor e revolução", a atual atração do SBT, seria sobre a ditadura militar. Dona Candoca se lembra muito bem de "Chega mais", que Carlos Eduardo Novaes escreveu em 1980. Nela, Tony Ramos vivia um mocinho de passaso nebuloso, mas facilmente associado à luta armada. Lembra-se também de "Dinheiro vivo", escrita por Mario Prata em 1979, em que o personagem principal, vivido por Ênio Gonçalves, era um ex- terrorista. E lembra-se, principalmente, da minissérie de Gilberto Braga "Anos rebeldes", exibida em 1992, na qual os altos e baixos do par romântico central coincidiam com os fatos principais da ditadura. Mesmo assim, ela foi conferir o trabalho do SBT e me mandou sua opinião: "Diferentemente das novelas anteriores, nesta tem muito sangue, muita morte e pouco romance. Eles estão caprichando nas cenas de tortura, mas os mais torturados não são os personagens da novela. São os espectadores. Cansei de ser torturada. Mudei de canal".

Artur Xexéo

Não é a primeira obra da dramaturgia brasileira que mostrou o beijo gay entre personagens



O beijo gay entre as personagens de Luciana Vendramini e Giselle Tigre, em "Amor e revolução", deu o que falar na semana passada, quando foi ao ar no SBT. Mas esse não foi o primeiro entre homossexuais na TV. Em 1990, na minissérie "Mãe de santo", de Paulo César Coutinho na extinta TV Manchete, Lúcio e Rafael, dois universitários muito amigos, acabavam apaixonados. A cena de um beijo dos dois (na foto acima e no vídeo abaixo) não causou tanto barulho naquela época.

Patrícia Kogut

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