domingo, 2 de janeiro de 2011
Irmã Desgosto
Difícil destacar um entre tantos atores fazendo um bom trabalho em “Ti-ti-ti”. A novela das 19h tem uma combinação matadora de talentos com direção acertada de Jorge Fernando. Por outro lado, seria injustiça não elogiar especialmente Claudia Raia. A atriz está simplesmente espetacular. Ela, sozinha, já tem sido um motivo suficiente para se assistir à novela.
Nos capítulos mais recentes do remake de Maria Adelaide Amaral, a personagem virou uma freira meio rebelde, com uma inspiração de leve na personagem de Julie Andrews em “The sound of music”. Por causa da atriz — que tem formação de bailarina e canta — a novela das 19h da Globo avançou num terreno praticamente inexplorado pela teledramaturgia: o musical. De hábito e mãos postas, agradecendo a graça divina, Jaqueline dia desses convocou as outras noviças para uma aula de ginástica. “Todas queimando os pneuzinhos em nome do Senhor”, animava ela, cantando. Foi sensacional.
Não se pode dizer que Claudia Raia esteja surpreendendo. Ótima comediante (quem via “TV Pirata”, ainda nos anos 80, está careca de saber disso e se lembra da impagável Tonhão que ela fazia) e estrela de musicais no teatro, ela já mostrou a exuberância de Jaqueline em trabalhos anteriores. Talvez por causa de seu physique para os rôles de mulheres espaçosas, mesmo quando o caso é de drama, a atriz não escapa disso. Era assim com a Donatela de “A favorita”, uma mulher de bom coração, mas desajeitada, grandalhona etc.
Em “Ti-ti-ti” ultimamente não tem para mais ninguém. A freira Jaqueline está fazendo misérias, benza Deus.
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