segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
José Padilha , o diretor de Tropa de Elite 2
Nada de colocar na conta do papa. O responsável pelo maior fenômeno do cinema brasileiro de todos os tempos é José Padilha, que fecha 2010 como diretor do longa de maior bilheteria no Brasil. “Tropa de elite 2” já foi assistido por 11 milhões de espectadores, batendo o recorde de “Dona Flor e seus dois maridos”, de 1976, assistido por 10.735.524.
— Saber que o filme foi visto por tanta gente é muito bacana. Um dos objetivos do filme era comunicar, e essa missão a gente cumpriu bem — afirma o diretor.
Padilha reconhece que, graças aos dois “Tropa de elite”, a visão das pessoas sobre a polícia carioca mudou, dando uma pontinha de esperança na segurança pública:
— Os filmes ajudaram a colocar a polícia na ordem do dia, a mostrar que a corporação precisa ser pensada pelas autoridades com cuidado e dedicação. E, de fato, vez ou outra, alguém faz comentários desse tipo comigo, dizendo que os filmes cooperaram nesse sentido. Fico feliz e espero que isso se traduza em pressão política.
Então será que os longas contribuíram para a pacificação de morros como o Complexo do Alemão e para esse novo tempo nas favelas cariocas?
— Não sei dizer. Acho que, se ajudaram, foi de forma marginal — responde Padilha, também diretor de “Ônibus 174” e “Garapa”, sobre a fome no Brasil.
Para 2011, ele não tem produção própria nos planos. Mas garante que, independentemente do que vier por aí, o tema continuará sendo as causas sociais.
— Por enquanto não penso em mudar meu enfoque — diz ele, que está envolvido apenas como produtor nas filmagens de “Paraísos artificiais”, filme sobre drogas sintéticas dirigido por Marcos Prado, produtor dos dois “Tropa de elite”.
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