Michael Jackson encanta crianças de todo o mundo um ano após sua morte
Se estivesse vivo, talvez Michael Jackson não tivesse tantos fãs. O fim da linha para o Rei do Pop, no dia 25 de junho de 2009, gerou uma comoção planetária. O mundo inteiro correu para abraçar outra vez o artista de quem havia se divorciado há mais de uma década. Morreu o cantor mas ficou o ídolo, elevado ao status de mito por uma cobertura midiática obsessiva. E, é claro, pela redescoberta de suas músicas irresistíveis, vídeos inovadores e dança acrobática.
Um ano depois de sua morte, o resultado de tamanha exposição está no vídeo abaixo, uma compilação de crianças de todo o mundo copiando - algumas muito bem - os passos mais conhecidos de Michael Jackson. É o poder do moonwalk.
Entre as crianças, Michael parece ser hoje o único capaz de fazer frente ao fabricado Justin Bieber. O empresário Marcello Lobato, da Na Moral Produções, dá graças a Jackson pela preferência de sua filha Mariana, 9 anos, fã do cantor desde os 7.
- Eu me sinto privilegiado, porque a minha filha NÃO é fã do Jonas Brothers - brinca Marcello, que passou um aperto no 25 de junho passado: - Minha mãe, meus amigos, todos me ligaram, preocupados com a Mariana. E eu fiquei pensando de que jeito daria a notícia (da morte) a ela.
Marcelo desligou a TV, mas Mariana acabou sabendo de tudo pela internet.
- Ela me mostrou a notícia e ficou calada. Eu a abracei, disse que ele continuaria vivo para sempre em sua obra - relembra, quase como se estivesse falando de um parente morto.
Deste dia em diante, Mariana viu os fãs de seu ídolo se multiplicarem por todos os cantos. Um deles na sua própria turma de escola. Vinicius Campos, 10 anos, só foi prestar atenção ao cantor com a enxurrada de reportagens e programas especiais feitos após sua morte. Hoje, organiza com os amigos noites dedicadas a Jackson:
- Eles tiram o tapete, arrastam os móveis, colocam o DVD e fazem uma pista de dança. Até se vestem como Michael Jackson - conta Cláudia, mãe de Vinicius, que se diverte com as crianças.
Entre os mais novos, o cantor parece exercer um fascínio ainda maior. Especialmente em sua fase (nesse caso, literal) black. Enrico Lages, de 5 anos, ficou fascinado ao ver Michael em ação com o Jackson Five. E quis ficar igual a ele. O problema que Enrico é louríssimo.
- Ele me fez comprar uma peruca black power. Agora quer saber como faz para ficar com o cabelo duro. E implora por uma jaqueta, mas eu não encontro em lugar nenhum! - diz Camille, a mãe de Enrico, solidária à fantasia do garoto.
'Viúva' aos 5 anos
Maria Ceclia ainda não tem 5 anos e já é viúva. Sua mãe, a designer Adriana, explica:
- A Maria Cecília tinha dois namorados: o Roberto Carlos e o Michael Jackson, que ela conheceu através de uma prima mais velha. O Roberto Carlos ela passou para a babá. E aí o Michael Jackson morreu - lembra Adriana.
A menina sofreu horrores, lembra a mãe, mas ficou tudo bem. Agora, aguarda a exibição de "This is it" na TV para reencontrar o namorado no clássico estilo "Ghost".
Mariana, que tem o DVD do documentário e já o assistiu "umas nove vezes", provavelmente estará diante da TV para revê-lo. Ela não se cansa de Michael Jackson, embora preferisse a exclusividade antiga.
- Às vezes eu fico com ciúmes (dos outros fãs mirins). Porque eu gosto muito dele (Michael Jackson). Queria ele só para mim - protesta.
Mas logo vê o lado bom:
- Pelo menos com mais fãs a gente dança juntos - diz Mariana.
Vinicius, que também sonha com um cabelo à Jacko, diz que não se trata simplesmente de imitá-lo:
- Eu não quero ser como ele. É que eu gosto muito dele. Ele era preto e branco e as danças são muito legais. Eu já sei fazer o moonwalk - conta, orgulhoso.
Pais e mães concordam que, para além da overdose de exposição da figura do cantor, o que explica tanta admiração das crianças é a força do personagem. Enrico, por exemplo, já quis saber da mãe se o ídolo fora criado pela Disney, como Mickey Mouse. Para a psicóloga Maria Correa, aos olhos infantis, Michael Jackson é como um super-herói.
- As crianças não têm noção de quantos poderes estão envolvidos na construção de um grande astro. Mas veem os shows, com todo aquele aparato cênico, os vídeos fantásticos, cheios de efeitos especiais, e ficam cativadas. O grande poder de Michael Jackson foi unir seus talentos - a dança. a música, o ritmo, o gestual - para capturar a imaginação de todo o mundo. Michael Jackson era fantasia. Em "This is it", ele dança e comanda o show. Meu filho Henrique, de 7 anos, que não entende nada de inglês, viu o documentário e ficou inteiramente fascinado - conta Maria.
E o que faz Henrique até hoje? Ensaia os passos de Michael diante do espelho. O moonwalk é mesmo poderoso.
Se estivesse vivo, talvez Michael Jackson não tivesse tantos fãs. O fim da linha para o Rei do Pop, no dia 25 de junho de 2009, gerou uma comoção planetária. O mundo inteiro correu para abraçar outra vez o artista de quem havia se divorciado há mais de uma década. Morreu o cantor mas ficou o ídolo, elevado ao status de mito por uma cobertura midiática obsessiva. E, é claro, pela redescoberta de suas músicas irresistíveis, vídeos inovadores e dança acrobática.
Um ano depois de sua morte, o resultado de tamanha exposição está no vídeo abaixo, uma compilação de crianças de todo o mundo copiando - algumas muito bem - os passos mais conhecidos de Michael Jackson. É o poder do moonwalk.
Entre as crianças, Michael parece ser hoje o único capaz de fazer frente ao fabricado Justin Bieber. O empresário Marcello Lobato, da Na Moral Produções, dá graças a Jackson pela preferência de sua filha Mariana, 9 anos, fã do cantor desde os 7.
- Eu me sinto privilegiado, porque a minha filha NÃO é fã do Jonas Brothers - brinca Marcello, que passou um aperto no 25 de junho passado: - Minha mãe, meus amigos, todos me ligaram, preocupados com a Mariana. E eu fiquei pensando de que jeito daria a notícia (da morte) a ela.
Marcelo desligou a TV, mas Mariana acabou sabendo de tudo pela internet.
- Ela me mostrou a notícia e ficou calada. Eu a abracei, disse que ele continuaria vivo para sempre em sua obra - relembra, quase como se estivesse falando de um parente morto.
Deste dia em diante, Mariana viu os fãs de seu ídolo se multiplicarem por todos os cantos. Um deles na sua própria turma de escola. Vinicius Campos, 10 anos, só foi prestar atenção ao cantor com a enxurrada de reportagens e programas especiais feitos após sua morte. Hoje, organiza com os amigos noites dedicadas a Jackson:
- Eles tiram o tapete, arrastam os móveis, colocam o DVD e fazem uma pista de dança. Até se vestem como Michael Jackson - conta Cláudia, mãe de Vinicius, que se diverte com as crianças.
Entre os mais novos, o cantor parece exercer um fascínio ainda maior. Especialmente em sua fase (nesse caso, literal) black. Enrico Lages, de 5 anos, ficou fascinado ao ver Michael em ação com o Jackson Five. E quis ficar igual a ele. O problema que Enrico é louríssimo.
- Ele me fez comprar uma peruca black power. Agora quer saber como faz para ficar com o cabelo duro. E implora por uma jaqueta, mas eu não encontro em lugar nenhum! - diz Camille, a mãe de Enrico, solidária à fantasia do garoto.
'Viúva' aos 5 anos
Maria Ceclia ainda não tem 5 anos e já é viúva. Sua mãe, a designer Adriana, explica:
- A Maria Cecília tinha dois namorados: o Roberto Carlos e o Michael Jackson, que ela conheceu através de uma prima mais velha. O Roberto Carlos ela passou para a babá. E aí o Michael Jackson morreu - lembra Adriana.
A menina sofreu horrores, lembra a mãe, mas ficou tudo bem. Agora, aguarda a exibição de "This is it" na TV para reencontrar o namorado no clássico estilo "Ghost".
Mariana, que tem o DVD do documentário e já o assistiu "umas nove vezes", provavelmente estará diante da TV para revê-lo. Ela não se cansa de Michael Jackson, embora preferisse a exclusividade antiga.
- Às vezes eu fico com ciúmes (dos outros fãs mirins). Porque eu gosto muito dele (Michael Jackson). Queria ele só para mim - protesta.
Mas logo vê o lado bom:
- Pelo menos com mais fãs a gente dança juntos - diz Mariana.
Vinicius, que também sonha com um cabelo à Jacko, diz que não se trata simplesmente de imitá-lo:
- Eu não quero ser como ele. É que eu gosto muito dele. Ele era preto e branco e as danças são muito legais. Eu já sei fazer o moonwalk - conta, orgulhoso.
Pais e mães concordam que, para além da overdose de exposição da figura do cantor, o que explica tanta admiração das crianças é a força do personagem. Enrico, por exemplo, já quis saber da mãe se o ídolo fora criado pela Disney, como Mickey Mouse. Para a psicóloga Maria Correa, aos olhos infantis, Michael Jackson é como um super-herói.
- As crianças não têm noção de quantos poderes estão envolvidos na construção de um grande astro. Mas veem os shows, com todo aquele aparato cênico, os vídeos fantásticos, cheios de efeitos especiais, e ficam cativadas. O grande poder de Michael Jackson foi unir seus talentos - a dança. a música, o ritmo, o gestual - para capturar a imaginação de todo o mundo. Michael Jackson era fantasia. Em "This is it", ele dança e comanda o show. Meu filho Henrique, de 7 anos, que não entende nada de inglês, viu o documentário e ficou inteiramente fascinado - conta Maria.
E o que faz Henrique até hoje? Ensaia os passos de Michael diante do espelho. O moonwalk é mesmo poderoso.
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