sábado, 22 de maio de 2010
Por onde anda a cantora de lambadas dos anos 90 de "Chorando se Foi" e "Dançando Lambada"?
Para quem, aos 15 anos, cantou “Carinhoso” para o mestre Pixinguinha, transformar-se em uma das 20 vozes mais ouvidas no mundo não parecia um sonho tão impossível. Tanto que aconteceu. Loalwa Braz, que se tornou conhecida do grande público ao lado do grupo Kaoma, levou a hoje clássica “Chorando se foi” a nada menos que 116 países ao longo de duas décadas. Em 2009, ela festeja o 20º aniversário da lambada com o lançamento do DVD “Volta ao mundo”. E anuncia: a chamada dança proibida está de volta.
“Tem tudo para voltar. Muita gente gosta. Na verdade a lambada não morreu, só mudou de nome.O que o pessoal hoje chama de zouk na verdade é bada."
“Minha casa era freqüentada por bambas como Jackson do Pandeiro. Quando eu tinha uns 15 anos, cantei ‘Carinhoso’ em concurso num clube de Jacarepaguá, onde nasci, e tirei em primeiro lugar. Foi uma emoção porque Pixinguinha estava assistindo”, lembra a cantora.
De Jacarepaguá para o mundo
De Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, Loalwa foi morar em Paris, em 1985. Casou-se com um francês e passou a cantar jazz em clubes e casas de show francesas. Formou o grupo Kaoma, que cantava reggae e salsa, e se surpreendeu quando foi convidada para cantar lambada. “Muita gente me criticou porque eu tinha formação clássica e ia cantar música popular”, conta.
Talvez por ter sido criada ouvindo ritmos variados, Loalwa não se importou com as críticas e topou o desafio. A lambada explodiu no Brasil no final dos anos 80 e foi levada aos outros países nos anos 90. A cantora começou então seu périplo pelo mundo, fazendo shows em um total de 116 países.
Com tantas viagens, Loalwa tem na memória incríveis recordações. Além da já conhecida história do muro de Berlim, quando ela ouviu as alemãs com a marreta na mão derrubando o muro e cantando Kaoma, a cantora esteve na África do Sul em outro importante momento político. “Fomos o primeiro grupo estrangeiro a ser convidado pela ANC (African National Congress) para tocar no país na época do Apartheid”, lembra. No Leste Europeu, Loalwa ficou encantada com as pessoas. “Achei que eram frias, mas encontrei nelas muitas cores. Na Bulgária, eu fiz um show em que as pessoas cantavam ‘Chorando se foi’ em português, mesmo sem entender a letra”.
Isso sem falar nas turnês ao lado de nomes famosos da música internacional como Tina Turner, Janet Jackson... “Gente que nunca pensei encontrar pessoalmente. Era engraçado, parecia que eu estava conversando com sósias deles (risos)”, diz.
Volta ao mundo no Brasil
A gravação do DVD “Volta ao mundo” deve acontecer em julho no Rio de Janeiro. As músicas que serão cantadas por ela e alguns convidados possuem ritmos variados. “São canções inspiradas em ritmos de Porto Rico, Rússia, China, Haiti, Marrocos, Argentina. Ritmos orientais também”, revela Loalwa, que apesar de globalizada, nunca deixou de lado seu país de origem. “O Brasil é uma volta ao mundo, uma mistura muito forte. A minha raiz musical sempre foi o Brasil. Sempre senti um pouco de Brasil em cada lugar que fui”.
Fonte:EGO
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