terça-feira, 25 de maio de 2010
Entrevista de Miguel Falabella a coluna Retratos da Vida do Extra
Ainda criança, quando morava na Ilha do Governador, Miguel Falabella assistiu ao espetáculo “Hello, Dolly”, estrelado por Bibi Ferreira. Naquele dia, ele decidiu o que queria ser na vida. Só não imaginava que seria tão bem-sucedido em todas as áreas em que atuasse. Falabella é ator, dramaturgo, diretor, cineasta, escritor e apresentador de TV. E ele já se arriscou até como carnavalesco. Atualmente, escreve a série “A vida alheia”, da TV Globo, e está em cartaz no Teatro Oi Casagrande com “A gaiola das loucas”. É com grande orgulho que a “Retratos da Vida” abre espaço para as “Perguntas fora do comum” respondidas pelo grande Miguel Falabella. Divirta-se!
Quando você morava na Ilha, o que fazia para matar o tempo no trajeto de ônibus até a Zona Sul?
Eu lia. Lia qualquer coisa que me caísse nas mãos. Lia muito gibi, lia romances, lia as aventuras de Brigitte Montfort, lia clássicos... Não sei como não tive um deslocamento de retina. Lia, dormia, babava no ombro do passageiro ao lado e assim passavam os dias.
Quando é que seu lado suburbano grita?
O meu lado suburbano é, sem demagogia, o melhor de mim. É quando eu me divirto mais, quando eu me permito mais. Sou muito suburbano. Gosto de coisa boa. Já notou isso? Suburbano gosta de coisa boa, de comer bem, de namorar muito e de dançar até altas horas.
Se sua vida virasse um enredo de escola de samba, que parte ficaria de fora do desfile?
A sexual, é claro, ou não haveria transmissão ao vivo.
Você tem curiosidade para saber a intimidade de alguma celebridade?
Honestamente? Não tenho interesse na vida íntima de ninguém.Isso é coisa para quem não tem vida própria. A minha já é complicada o bastante.
Por que a sua vida pessoal não gera tanta curiosidade?
Porque eu tenho outras coisas para oferecer ao público que são mais divertidas do que a minha vida pessoal.
Entre flanelinha, jornalista e atendente de telemarketing, qual deles é o pior para você?
Telemarketing sem dúvida alguma. Acho uma invasão total. Eu não me dou ao trabalho de ser bem educado. Desligo simplesmente.
O que você faria se um sobrinho seu resolvesse ser jornalista especializado em cobrir a vida de famosos?
Eu diria a ele para escolher uma profissão mais bem remunerada. A não ser que ele fosse o dono da revista.
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