segunda-feira, 31 de maio de 2010
Entrevista de Marília Gabriela para a coluna Retratos da Vida
A multifacetária Marília Gabriela conta que quando era mais nova gostava de ser elogiada pela inteligência, mas que com o passar dos anos prefere ser chamada de bonitinha. A jornalista, que começou a carreira como repórter do “Jornal Nacional”, em 1969, diz que é insegura e admite que mudou o estilo de entrevistar ao longo dos anos. “Descobri que a agressividade não leva a lugar nenhum. Passei a acreditar que informação você conquista gentilmente”, afirma. É com grande orgulho que a “Retratos da Vida” abre espaço para as “Perguntas fora do comum” respondidas por Marília Gabriela. Divirta-se!
Qual o maior perengue que já passou por um furo de reportagem?
Não sou da geração do furo. O furo deixou de existir com a globalização.
Se sente mais vaidosa quando elogiam sua beleza ou inteligência?
Quando eu era mais nova gostava de ser elogiada pela inteligência. Agora, prefiro ser chamada de bonitinha.
Em que situação você se considera menos inteligente?
Em várias situações corriqueiras do dia a dia. Sofro da síndrome da insegurança.
Já fez alguma entrevista no “enrolation”, sem saber nada do entrevistado?
Nunca.
Tem algum ritual antes de uma entrevista?
Não converso com o entrevistado antes de entrar no ar, nos bastidores. Tudo que as pessoas assistem na TV é espontâneo. Tem dado certo. Nenhum político me pediu alguma concessão ainda.
Por que mudou seu estilo de entrevistar?
Descobri que a agressividade não leva a lugar nenhum. Passei a acreditar que informação você conquista gentilmente.
Gostaria de ter um programa de auditório como o de Silvio Santos?
Já tive essa experiência na CNT e não gostei. Aquele zum zum zum no auditório me irritava. Dava vontade de mandar todo mundo calar a boca.
O que pensa sobre entrevistadores que gostam de aparecer mais do que o entrevistado?
As pessoas falam isso do Jô Soares, mas eu não concordo. O formato do seu programa é próprio para um humorista e ele interfere quando tem a oportunidade de animar ou complementar a história. Para mim é melhor que o entrevistado apareça. Este é o meu foco.
Prefere atuar ou entrevistar?
Tenho um pé no jornalismo que nunca me abandonou. Meu lado jornalista é o mais feroz, mais cruel e irônico. Atuar é a minha segunda pele.
Aguinaldo Silva ficou chateado por você ter ido para o SBT?
Ele escreveu um papel para mim em sua próxima novela. Liguei e disse: “Dessa vez vou ter que ficar de fora”. Ele entendeu. Minha prioridade agora voltou a ser meus programas.
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