sábado, 1 de maio de 2010

Cinema em Rede

Cinema em Verde e Amarelo

O cinema na tv aberta brasileira é loteado de filmes dos grandes estúdios norte-americanos.A Globo tem contrato com a Fox, Sony-Columbia, Paramount, Disney.O SBT exclusividade com a Warner Brothers, a Record acordo com a Universal (a Pictures, e a do Reino de Deus também) e a Bandeirantes tem parceria com a MGM.

Filmes nacionais nas grandes redes sempre foi uma raridade.A primeira emissora a ter uma sessão fixa de títulos brasileiros foi a extinta Rede Manchete, que durante muitos sábados os apresentava as 10 e meia da noite no Cinema Nacional.


Silvio Santos lá pelos anos 93, 94 deu um surto, como tantos que já teve, como mexicanização, ratinização, copiação...enfim num desses rompantes, ele colocou no ar as famosas pornochanchadas da década de 70 e 80 na Sessão das Dez, logo após o seu bem-sucedido Topa Tudo por Dinheiro, mas como seu lendário hábito de "movimentar" a grade, ou por falta de novas aquisições, foi breve essa exibição do audiovisual em verde e amarelo no SBT.

A Bandeirantes timidamente por uns dois anos exibiu a sessão Made in Brazil, na época em que o Rogério Gallo era o diretor de programação.O difícil era manter a platéia ligada, porque a escassez do seu acervo era irritante.

A TV Cultura mantinha até uns dois anos atrás, acho, o Cine Brasil, com variedade razoável, mas agora não acho mais...se mudou de horário ou saiu do ar, o que realmente acho, não sei...

A Globo depois de muitooooo tempo acordou, além de terem criado a Globo Filmes, produtora nacional do gênero, adquiriu vários títulos, que estiveram nas mãos da Manchete e da BAND e lançou primeiramente na sessão Intercine, que as segundas-feiras passou a ser chamada de Intercine Brasil, onde havia como praxe do programa, dois títulos para um ser escolhido pela maioria do público.Em 2006, ela foi extinta e entrou no ar a Sessão Brasil no mesmo espaço, só que com a grande parte dos filmes serem produtos da Globo Filmes.Vez ou outra como tapa-buracos surge o Festival Nacional geralmente com produções inéditas.

Por fim, uma das melhores alternativas do telecine tupiniquim, o Cadernos de Cinema da TVE, onde além de exibir o filme, havia um debate no final para analisar o desempenho da história, comandado pela competente e simpática jornalista Vera Barroso, que com a chegada da pífia TV Brasil foi discretamente retirado do ar.

As tvs tinham que reservar um espaço maior para o cinema nacional.E não adianta dizer, que a Globo compra tudo, e não tem como manter uma sessão desse tipo no ar.Há muitos filmes nacionais bem-feitos perdidos por aí, que não existem nem VHS, e muito menos em DVD.
Era uma forma de manter viva a memória do nosso cinema.

Confira agora as aberturas destas principais sessões:

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