segunda-feira, 25 de abril de 2011

Por onde anda Amanda do Trem da Alegria?


Ela era pequenininha quando estampou a caixa da boneca Gui-Gui, que dava gargalhadas e revirava os olhinhos quando se mexia em seus braços. Mas Amanda Acosta, boneca de carne e osso, fazia bem mais do que isso. Aos cinco anos, cantou “Ursinho Pimpão” no programa do Raul Gil. Seu primeiro grupo musical surgiu dentro de casa, com as irmãs e primas, “Amanda e as Netinhas” (por conta do sobrenome Neto).

Talentosa, Amanda sempre gostou de cantar, dançar e interpretar, tudo ao mesmo tempo. Acabou entrando para o grupo Trem da Alegria, que a fez conhecida dentro e fora do Brasil.


“Nossos shows eram bastante teatrais, dançávamos muito”, conta Amanda ao EGO, relembrando os cinco anos em que esteve no grupo, período inesquecível para ela. Um momento marcante foi quando o Trem se apresentou em Luanda, capital de Angola, em 1988, com o país em guerra civil. “Visitamos uma creche, onde havia crianças mutiladas. Todas com sorriso no rosto, cantando nossas músicas. Ficamos emocionados e começamos a chorar”, lembra Amanda, que até hoje é amiga de Rubinho e Juninho
Bill.


Assim como aconteceu com Luciano Nassyn, Juninho e Vanessa (ex-integrantes do Trem), Amanda sentiu-se um pouco perdida quando o grupo acabou. “Fiquei tentando me encontrar. Eu tinha 13 anos e, como qualquer adolescente, vivia um turbilhão. Sofri muita pressão, as pessoas cobravam, perguntavam se eu tinha desistido. Mas não fiquei parada, fui buscar minha arte.”


Essa busca resultou em aparições na TV como atriz e apresentadora (está desde 2005 à frente do "ClipeArte", da TV Cultura), participação em um curta-metragem, um CD solo lançado e várias peças de teatro. Só de musicais, foram dez, tendo sido premiada por sua personagem Eliza Doolittle em “My Fair Lady”, de 2007. Em 2010, sentiu a necessidade de explorar outros universos e pediu ao marido, o ator André Fusko, para criar um monólogo. Daí surgiu “Maternidades”, onde interpretou quatro mulheres de idades diferentes.


Do casamento com André, nasceu não só a parceria no teatro, mas também o pequeno Vicente, de 2 anos e 9 meses. “Tudo ganha outra dimensão quando se tem um filho”, diz Amanda, que não quis parar de trabalhar quando estava grávida. “Fiz uma peça com sete meses de gravidez, em que eu entrava nua no palco cantando e atravessando portais. E era exatamente assim que eu me sentia na época, atravessando portais, passando por fases”. Quando Vicente tinha dois meses, Amanda voltou a atuar. “Ele ficava na coxia, em um lugar tranquilo, e mamava nos intervalos. Amamentei até um ano e oito meses”.


A próxima empreitada de Amanda é o musical “Baby”, que conta a história de três casais de faixas etárias diferentes que se deparam com questões ligadas à maternidade. A estreia está prevista para 12 de maio.

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