quarta-feira, 23 de março de 2011

Morre Elizabeth Taylor

A atriz Elizabeth Taylor morreu nesta quarta-feira em Los Angeles, aos 79 anos, vítima de uma insuficiência cardíaca, deixando Hollywood sem uma grande estrela que foi símbolo da luta contra a aids.


A atriz de “Cleópatra” (1963) passou sua vida entre estúdios cinematográficos e hospitais. O último centro hospitalar em que esteve internada foi o californiano Cedars-Sinai, onde ingressou em 11 de fevereiro por recorrentes problemas no coração.



“Liz” Taylor, como também era conhecida, morreu pouco antes de 1h30 da madrugada no horário local (5h30 de Brasília) na companhia de seus filhos Michael e Christopher Wilding, Liza Todd e Maria Burton.


“Embora tenha sofrido nos últimos tempos uma série de complicações, sua condição tinha se estabilizado e se esperava que ela voltasse para casa. Infelizmente, não pôde ser assim”, disse seu representante em comunicado.



Apesar de sua idade avançada e de seu frágil estado de saúde – ela inclusive usava uma cadeira de rodas por causa da osteoporose – sua capacidade de recuperação e o temperamento que sempre a caracterizou eram motivos suficientes para se acreditar que a atriz se recuperaria.


Ela já havia passado por uma série de operações, a última em uma válvula cardíaca em 2009.


Além de sofrer de dor nas costas, no pescoço, nas pernas, diversas fraturas, um tumor cerebral, pneumonia e câncer de pele, ela era dependente de álcool e remédios.



Ela mesma já havia admitido que se viu à beira da morte em mais de uma ocasião.


“Minha mãe foi uma mulher extraordinária que viveu a vida com plenitude, com grande paixão, humor e amor”, disse seu filho Michael, quem acrescentou que o mundo era um lugar melhor graças à existência de sua mãe.


Ganhadora de dois Oscar por seu papel em “Disque Butterfield 8″ (1960) e “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?” (1966), assim como de uma estatueta em reconhecimento por seus trabalhos humanitários (1993), Elizabeth protagonizou mais de 50 filmes, entre eles “Quatro Destinos” (1949), “Gata em Teto de Zinco Quente” (1958) e “Cleópatra” (1963).



Nascida em 27 de fevereiro de 1932 em Hampstead (Londres), foi criada nos EUA desde os sete anos, onde mostrou uma vocação para atuar, trabalho que encerrou em 1994 com “Os Flintstones”.


Casou-se oito vezes, duas delas com Richard Burton, e se tornou uma ativista na luta contra a aids, além de uma ativa usuária da rede social Twitter, onde era conhecida como DameElizabeth. Não por acaso, foi nomeada Dama do Império Britânico pela Rainha da Inglaterra em 2000.



Ela confessou que através da rede social podia se manter em contato com seus fãs de uma forma “muito moderna”, embora tivesse seus receios.


“Às vezes penso que sabemos demais sobre nossos ídolos e isso estraga o sonho”, disse a atriz em uma de suas últimas entrevistas, para a revista “Bazaar”.


O último tweet de Taylor foi para anunciar a publicação dessa entrevista, uma mensagem datada de 9 de fevereiro, dois dias antes de sua hospitalização definitiva.



“Nunca me senti mais viva que quando via meus filhos encantados com algo e que quando via a interpretação de um grande artista e nunca mais rica que quando dava um cheque para a luta contra a aids”, declarou a atriz.


A britânica, que contracenou com artistas como Rock Hudson, Montgomery Clift, Marlon Brando, James Dean e Paul Newman, afirmou certa vez que gostaria de ter trabalhado com Johnny Depp e Colin Farrell e deixou uma recomendação para as novas gerações: “Siga sua paixão, siga seu coração e as coisas de que necessita virão”.


Está previsto que o funeral de “Liz” Taylor seja realizado nesta semana e que seu corpo fique no cemitério Westwood Village Memorial Park, o mesmo onde estão enterrados Marilyn Monroe, Natalie Wood e Truman Capote.

Um comentário:

  1. igual esta mulher ou esta deusa nunca mais .
    mais vai demora igual saudade .que passou neste mundo obrigado

    ResponderExcluir