segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Laranjinha e Acerola


O filme "Cidade dos Homens", seqüência da série que fez sucesso na TV entre 2002 e 2005, confirma a maioridade tanto dos personagens Acerola e Laranjinha quanto de seus atores, respectivamente Douglas Silva e Darlan Cunha.

 
Os garotinhos que ficaram famosos a partir do curta "Palace 2" (2001) cresceram. Agora os dois têm 18 anos, mesma idade dos personagens que interpretam no filme com direção de Paulo Morelli -- que dirigiu também alguns episódios da série e assina o roteiro juntamente com Elena Soárez (roteirista de "Casa de Areia" e "Eu Tu Eles").


Os dois garotos enfrentam o início da vida adulta. Laranjinha procura desesperadamente o pai, para mudar o item "pai desconhecido" que tanto o envergonha em sua certidão de nascimento. Tanto ele busca que descobre onde está o pai, Heraldo (Rodrigo dos Santos), um ex-presidiário que a princípio não quer saber de contato com o filho.


Acerola, que engravidou a namorada no final da série, também está aprendendo a ser pai. Mas sua própria criancice atrapalha. Um dia, esquece o filhinho de dois anos na praia, o que só não acaba mal porque um dos guarda-costas do traficante Madrugadão (Jonathan Haagensen), que é primo de Laranjinha, acaba levando o garotinho de volta para o morro.


A vida no morro, aliás, continua violenta. Começa uma guerra pelo controle do tráfico, liderada pelo lugar-tenente de Madrugadão, Nefasto (Eduardo BR).


Acerola e Laranjinha, bem como os demais cidadãos pacíficos da favela, terão suas vidas transtornadas por essa guerra.


Filmado com câmera na mão em sete favelas do Rio, de Chapéu Mangueira ao Vidigal, "Cidade dos Homens" mantém o mesmo naturalismo e ritmo frenético que garantiu o sucesso de "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, que foi indicado a quatro Oscar em 2004. Vários atores, como Silva, Cunha e Haagensen, também atuaram em "Cidade de Deus".


"Cidade dos Homens" é a continuação de um projeto de sucesso, inovador em mais de um sentido --especialmente ao colocar a cara do povo na tela.


(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

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