sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O futuro do Atlético Mineiro

Por Por Mauro Beting,


Não deu mais. Uma paulada de 5 a 1 no Rio, ainda que para o vice-líder (que nem precisou jogar tudo isso, ainda que terminando o Galo o clássico com dois a menos), não deu para segurar o treinador que iniciou o ano num clube que deu praticamente tudo que ele pediu. Que fez quase todos os caprichos na montagem da comissão técnica e do elenco. Que o segurou além da medida e da praxe no futebol brasileiro. Que fez o que era impossível para manter um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro na direção de um time.


Porém, esse Atlético parece ingovernável em campo. É o que mais perdeu (15 em 25 jogos). A pior defesa (45 gols sofridos, absurdos 1,88 gols sofridos). O segundo pior saldo (16 gols devendo). E não são apenas os gols devidos. É um bando desarrumado e tão perdido quanto os jogos, tão desalmado como poucos times na história guerreira atleticana. Luxemburgo usou exagerados 37 atletas em 24 partidas. Mesmo tendo o segundo melhor passe do BR-10, mesmo não tendo uma das piores médias de perdas de bola (números Footstats), mesmo tendo o quarto goleiro que menos defende bolas (até porque quase todas parecem passar pelos goleiros atleticanos que parecem esquecer como as defender), mesmo tendo a quinta melhor média em desarmes, mesmo tendo o quarto melhor índice de acertos nas finalizações entre os 20 times da Série A (e o 12º. ataque mais positivo), com números que não são tão ruins, a equipe tem sido medonha em campo.


Fisicamente, parece um time sub-60. Psicologicamente, uma equipe sub-6. Tecnicamente, está abaixo da nota cinco. Na tabela, é só o G-18. Em campo, os números são bem outros. Era preciso fazer algo, porque nem Luxemburgo conseguia mais. E não sei se outro conseguirá.


A possibilidade atleticana é que o Avaí caia ainda mais pelas tabelas para salvá-lo. Ou mesmo o Ceará, embora ainda com uma bolha de pontos na poupança que vai viabilizando a permanência na primeira divisão. Porque os demais, mesmo não muito bem das bolas, parecem que irão sobreviver.

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