sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Hipertensão, Busão do Brasil e Os Opostos se Atraem:Baixo nível à vista


O telespectador liga a TV numa familiar tarde de domingo e vê um homófobo e uma lésbica atacando um ao outro; a apresentadora e a plateia encorajam. No fim da noite, em outro canal, participantes são obrigados a comer ratos mortos e vermes vivos; a edição mostra tudo bem de perto, para aumentar a "emoção". Diariamente um certo canal exibe flashs de uma turma que está encarcerada em um ônibus que percorre o Brasil; ninguém pode sair, por isso o veículo fede.


Cinco anos depois de Ministério Público, telespectadores e até anunciantes se mobilizarem contra o conteúdo de baixo nível na TV --que culminou na demissão de João Kleber na Rede TV--, a baixaria e a escatologia voltaram com força à TV aberta. E, pior, com ibope elevado.


Para quem não sabe, a primeira cena descrita no primeiro parágrafo desta coluna é do quadro "Opostos", de Eliana, no SBT. Os "opostos" terão de morar junto por um mês. A segunda cena descreve uma das provas do game "Hipertensão", da Globo. A última trata do "Busão Brasil", reality diário sobre rodas, exibido pela Band.


Os três programas estão entre as maiores audiências das três emissoras.


Mas há ainda um outro tipo de programação agressiva menos perceptível ao telespectador. A Record, já se sabe, a próxima versão de "A Fazenda" terá apenas 2 banheiros para 15 participantes. Além disso a emissora vai colocar microfones no banheiro, para que todos possam ouvir não só as conversas, mas também o som das necessidades fisiológicas que serão... ahn... "realizadas" pelos confinados.


Assista ou leia a mais notícias exclusivas sobre o mundo da TV, do entretenimento, da cultura, além de eventuais dicas sobre o comportamento dos peixes teleósteos perciformes, da família dos cienídeos, e o porquê de sua carne ser tão apreciada ao forno, especialmente ao sul da América do Sul.

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