domingo, 19 de setembro de 2010

60 Anos da TV Brasileira


Notas 10
Por Patrícia Kogut
Para a chegada da TV ao Brasil, trazida por Assis Chateaubriand. Para o uso do videoteipe, a partir de 1960. Para a primeira Copa em cores, a de 70, mas ainda uma transmissão experimental. Na Copa seguinte, muita gente já tinha o eletrodoméstico.

Para a primeira novela diária, “2-5499 ocupado”, na TV Excelsior em 1963. A história era estrelada por Glória Menezes e Tarcísio Meira. No elenco ainda, Lolita Rodrigues e Neuza Amaral. A novela primeiro ia ao ar às segundas, quartas e sextas. Depois passou a ser diária.

Para a transmissão da chegada do homem à Lua, em 1969. A viagem da Apollo 11 foi uma hiperfaçanha que o público viu com nitidez pelas TVs Globo e Tupi. Tanta nitidez, que houve quem duvidasse que aquilo fosse mesmo verdade.

Para os “Festivais da canção” da Record, Globo e Excelsior, nos anos 60 e 70. São acontecimentos lembrados até hoje, e ajudaram a impulsionar a carreira de músicos maravilhosos que ainda são sucesso. Nos anos 80, a Globo fez o “MPB Shell” e o “Festival dos festivais”.

Para Silvio Santos, empresário de televisão, mas apresentador do Brasil em primeiro lugar. Dono do SBT — antes TVS — ele comandou um show de calouros inesquecível, com Elke Maravilha, Pedro de Lara, José Fernandes etc e animou os auditórios com “Silvio Santos vem aí”.

Para a TV Manchete, lançada em 1983 com programação voltada para as classes A e B. A Manchete durou pouco (fechou em 1999, afundada em dívidas), mas produziu ótimos telejornais, e fez “Pantanal” e “Xica da Silva”.


Para a MTV, que chegou aqui em outubro de 1990, uma época em que os videoclipes eram o máximo. Lançou um monte de bons profissionais, como Cazé, Astrid Fontenelle, Thunderbird e Zeca Camargo. Hoje já não é exclusivamente musical, nem UHF.

Para a chegada da TV por assinatura ao Brasil, em 1990, bem depois da Argentina, por exemplo, que já tinha o serviço na década de 70. Hoje, a classe C também está aderindo. Temos muito mais opções de canais, distribuídos por cabo, satélite e MMDS.

Para Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Fundador de um estilo e autor da famosa frase “Na televisão nada se cria, tudo se copia”, é admirado até hoje por sua originalidade e capacidade de comunicação. Trabalhou na Globo, na Bandeirantes e na Tupi.


Para Renato Aragão, ator, diretor, produtor, humorista, escritor e apresentador, que comanda “A turma do Didi”, na Globo. Ele trabalhou na Tupi, na Excelsior, na Record e foi para a Globo nos anos 70. Seu grupo se desfez, mas ele continua ativo e com público fiel.

Para “Vila Sésamo”, com Sonia Braga e Aracy Balabanian, de 1972. Para “Shazan e Xerife”, infantil com Paulo José e Flávio Migliaccio, também dos anos 70. E para o “Sítio do Picapau Amarelo”, todos da Globo. E para o “Castelo Rá-Tim-Bum”, da TV Cultura.

Para Chico Anysio, humorista, ator e escritor prolífico. Sem ele, a televisão brasileira seria diferente. Criou inúmeros personagens e estrelou programas inesquecíveis, como “Chico City”. Voltará ao ar em outubro no Viva com a “Escolinha do professor Raimundo”.


Para “Os normais” e os incríveis Vani (Fernanda Torres) e Ruy (Luiz Fernando Guimarães). Para os sensacionais “TV Pirata” e “Armação ilimitada”. Para Ernesto Varella, o repórter irreverente de Marcelo Tas. E também para “Sai de baixo”, que divertiu muito.

Para “Perdidos na noite”, que Fausto Silva apresentou na década de 80 (na Record e na Band). Era um programa alternativo e muito divertido que valorizava a espontaneidade de Faustão. Durou até 1988, quando ele foi para a Globo fazer o “Domingão”.

Para “O Bem-amado”, “O rebu”, “Saramandaia”, “Roque Santeiro”, “Beto Rockfeller“, ”Irmãos coragem“, “Selva de pedra”, ”Pantanal”, “Vale tudo”, “O clone”, “A favorita”, “Guerra dos sexos”, “Pecado capital”, “A escrava Isaura”, “Dancin' days”, “Gabriela”, “Laços de família” e “Quatro por quatro”.

Para “Anos dourados”, “Anos rebeldes”, “Malu mulher”, “Ciranda cirandinha”, “A muralha”, “Os Maias”, “Maysa”, “A cura”, “A casa das sete mulheres”, “JK”, “Lampião e Maria Bonita”, “Grande Sertão — Veredas”, “Hoje é dia de Maria” e “Dalva e Herivelto”.

Para “A comédia da vida privada”, “A vida como ela é”, “Brava gente”, “A grande família”, “Plantão de polícia”, “Brasil legal”, “Cidade dos homens”, “Hilda Furacão”, “Agosto”, “Primo Basílio”, “O auto da Compadecida”, “Mulher”, “Engraçadinha”, ”Força-tarefa” e a “A justiceira”.

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