segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Por onde anda Ângela Leal, a Biga de 'Ana Raio e Zé Trovão'?




Carioca, a atriz e empresária Ângela Leal nasceu em 3 de dezembro de 1946.

Filha do empresário e produtor teatral Américo Leal seguiu a vontade do pai e formou-se em Direito. Apesar de sempre ter gostado de teatro, ter participado de algumas peças infantis e do movimento do teatro universitário, Ângela não pensava em profissionalizar-se. Primeiro para não preocupar o pai que tinha horror de como a censura agia naquela época e depois, porque sabia que pouquíssimos atores conseguiam sobreviver de Teatro.

Na advocacia, optou por fazer o júri. Numa ocasião se viu incumbida de ter que defender um réu que era visivelmente culpado. “Eu não podia fazer aquilo! (...) Cheguei pro meu pai:” Você quis um diploma. Está aqui. Agora temos um problema. Ou eu engaveto a minha sensibilidade ou engaveto o diploma”. “Minha filha, engaveta o diploma”, contou Ângela em uma entrevista.

Foi fazer o curso do Sérgio Brito e resolveu trocar definitivamente de palco e platéia. Ao terminar o curso, Carvalhinho, que trabalhava com seu pai e era amigo do produtor da novela “Irmãos Coragem” (1970), a indicou para um papel previsto para três capítulos. Foi aceita, seu personagem cresceu e ficou até o final das gravações. Desde então acumulou diversos trabalhos na televisão em novelas e minisséries.

Entre os seus trabalhos preferidos estão: Na TV Globo, o papel de Laura, que era esposa do Flávio Migliaccio, na novela “O Astro”; a peça “Cabaret S.A.” (1981) na qual participou como produtora e co-autora, juntamente como o Grande Otelo e Antônio Pedro; e o filme “Bububú no Bobobó”, dirigido pelo Marcos Faria, do qual participou como roteirista.

Ângela atuou ainda nas produções de TV "O Homem Que Deve Morrer" (1971), "Selva de Pedra" (1972), "O Semideus" (1973), "O Preço de Cada Um" (1973), "Mulher" (1974), "O Crime de Zé Bigorna" (1974), "Gabriela" (1975), "Vejo a Lua no Céu" (1976), "Escrava Isaura" (1976), "Dona Xepa" (1977), "O Astro" (1977), "Água Viva" (1980), "Sétimo Sentido" (1982), "Quem Ama Não Mata" (1982), "Roque Santeiro" (1985), "Tenda dos Milagres" (1985), "Novo Amor" (1986), "Mandala" (1987), "A Rainha da Vida" (1987), "Pantanal" (1990), "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), "Guerra Sem Fim" (1993), "Tocaia Grande" (1995), "Xica da Silva" (1996), "Mandacaru" (1997), "Chiquinha Gonzaga" (1999), e "Vidas Cruzadas" (2000).

No cinema, atuou também em "O Casal" (1975), "Fogo Morto" (1976), "Muito Prazer" (1979), "Perdoa-me Por Me Traíres" (1980) e "Bububu no Bobobó" (1980).

Na Manchete dois personagens são inesquecíveis para Ângela, ambos dirigidos por Jayme Monjardim: a “Maria Bruaca” de “Pantanal” e a “Velha Biga” de “A História de Ana Raio e Zé Trovão”. Este último lhe rendeu um prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos da Arte).

Em 1990, Ângela assume definitivamente a gestão do Teatro Rival, o teatro privado mais antigo do Brasil, herdado de seu pai. Desde então passa a atuar cada vez menos. À frente de um teatro decadente, ela uniu muito trabalho e atitude às suas idéias e iniciativas. Tem conduzido com eficiência a concretização de seu sonho, mantendo um compromisso cada vez maior com a qualidade e cultura.

Ângela dedica-se quase que totalmente ao Teatro e a participação dele na vida da Cinelândia. Assim sendo, tornou-se basicamente uma figura pública. Fundou a ASCI (Sociedade Amigos da Cinelândia) e através desta entidade, foram conseguidas três urbanizações para aquela área.

Quando perguntada sobre sua carreira de atriz ela diz: “A minha carreira de atriz pode ter ficado em segundo plano, mas acho que está valendo a pena. Fazer teatro, também é fazer teatro”.

Foi Secretária de Cultura no Rio de Janeiro e recebeu o título de cidadã benemérita da cidade do Rio por sua administração à frente do teatro Rival.

É mãe da também atriz Leandra Leal, cujo pai, Julio Braz já faleceu.

Em 2006, Ângela fez uma participação especial na novela "Páginas da Vida" e no filme “Zuzu Angel”.

Em 2007, atua no filme "Querô" e faz participações especiais nas novelas em "Sete Pecados", da TV Globo, e "Amor e Intrigas", da Rede Record.

Angela Leal, em 2009, integra o elenco da novela "Bela, A Feia" exibida pela Rede Record.

6 comentários:

  1. Ela ´Maravilhosa....Que papel incrivel este na Ana Raio..... Parabéns.............

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  2. Eu amo vê-la em Ana Raio, agora sei de quem a Leandra Leal herdou tanto talento.
    Ela é divina!

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  3. O papel (Velha Biga)... Sem comentários, nunca vi tanta perfeição!!!
    Parabéns pela troca de profissão...

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  4. isso é que é ser atriz esse papel da biga merecia um troféu, e a atriz ainda nos dar o prazer de prestigiar mais ainda seu talento na tela.

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  5. o papel da biga pra mim era o mais interesante da novela vc foi espetacular....amei

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