sexta-feira, 9 de julho de 2010

Entrevista com Skank

O Skank dispensa qualquer tipo de apresentação. Uma das mais importantes bandas de pop-rock do Brasil, com 15 anos de estrada. Depois de sete meses em estúdio, chega às lojas no final deste mês o sétimo disco: Carrossel. Em entrevista ao BDG, o homem dos teclados do Skank, Henrique Portugal, conta como foi o início da carreira e também sobre o lançamento do novo álbum.


Por: Bruno Collaço bruno.collaco@bandasdegaragem.com.br

BDG: Toda história de sucesso tem um começo. Assim como a maioria das bandas do BDG, o primeiro disco do Skank foi lançado de maneira independente. Como foi isso? Quais as principais dificuldades?

Henrique: A gente tocou durante um ano guardando a grana para gravar o primeiro disco. Na época conseguimos juntar 10.000 dólares (naquela época a inflação era grande e toda a grana que a gente ganhava, comprávamos dólar). Este dinheiro deu para pagar o estúdio e mandar fabricar 3.000 CD’s. Sendo que ninguém da banda tinha CD player em casa.

BDG: Do álbum independente à gravadora, logo com o terceiro disco o Skank já se apresentava fora do Brasil. Como foi tocar com monstros do rock como Black Sabbath e Rage Against the Machine?

Henrique: A oportunidade de tocar fora do Brasil veio com o estouro de Garota Nacional, que fez sucesso em alguns países da Europa. Para ser sincero a maioria dos festivais que acontecem lá fora não são muito diferentes dos festivais que temos atualmente no Brasil. A estrutura é muito parecida e o equipamento também. Já foi o tempo que isto fazia muita diferença. A diferença é poder estar perto de alguns artistas que você gosta do trabalho e às vezes até conversar com os caras.

BDG: Qual foi o álbum do Skank que mais deu trabalho para fazer?

Henrique: Eu diria que o álbum que gastamos mais tempo de estúdio foi o Carrossel, pois ficamos sete meses entre gravação, mixagem e masterização.

BDG: Qual música não pode faltar de maneira nenhuma quando o Skank toca ao vivo? Como a banda encara isso?

Henrique: Ainda bem que temos muitas músicas conhecidas e ai fica mais fácil conduzir um show. Garota Nacional, Partida de Futebol, Vou Deixar, Resposta, Proibido Fumar, são músicas que não podem faltar.

BDG: Sem pensar em Minas Gerais, berço da banda, qual foi o show que mais emocionou o Skank?

Henrique: Existem alguns shows que foram importantes para a carreira do Skank. Vou citar um que foi uma virada na nossa carreira que foi o show no Hollywood Rock de 1994 no Rio de Janeiro. Foi a partir deste show que o Skank começou a ser conhecido em todo Brasil. Tem outro show que foi muito legal que foi tocar num ginásio em Barcelona lotado. Mas poderia falar de vários outros também.

BDG: A sonoridade dos discos do Skank reflete assiduamente o estado de espírito da banda. Agora no final de agosto será lançado o sétimo álbum, Carrossel. Que som os fãs devem esperar? Quando começa a nova turnê?

Henrique: O disco é uma continuidade do Cosmotron, mas com algumas referências mais abertas. Às vezes fica difícil explicar, acho melhor as pessoas escutarem o disco. A nova turnê começa em Setembro no Rio e em outubro em São Paulo e belo Horizonte.

BDG: A letra do novo single, “Uma canção é pra isso", diz: “uma canção me veio sem querer, naquela hora difícil..." Este verso ilustra de fato o processo de composição das músicas do Skank? Uma música surge naturalmente? Como funciona isso?

Henrique: A letra tenta mostrar pra quê serve uma música. Pra marcar a vida das pessoas, pra ficar na cabeça e você não esquecer. Mais ou menos por ai !!!

BDG: Que dica podem deixar para as bandas independentes que estão começando agora? Como vêem o papel de sites como o BDG na divulgação de artistas independentes?

Henrique: Fazer boa música e principalmente boas letras. Não se esqueça de um bom site pois é o meio mais fácil de divulgar a banda. Outra coisa não esqueça de mandar a uma música da sua banda para o meu programa (www.frente.art.br).

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