terça-feira, 11 de maio de 2010

Classificação Indicativa ou Censura Indicativa?


Há mais de 2 anos foi regulamentada a portaria do Ministério da Justiça, que classifica o conteúdo de programas, filmes e qualquer obra audiovisual exibida pela tevê de acordo com a faixa etária e horária.



Seguindo um padrão estabelecido, as emissoras são obrigadas a exibir a classificação indicativa, textualmente em português com tradução silmutânea na linguagem dos sinais no início da atração, durante 5 segundos preferencialmente no rodapé; e em versão simplificada no meio do programa. Além de ser determinada a aparição da classificação nos trailers.

A norma segue princípios constitucionais para defender os direitos da criança e do adolescente.

O Ministério monitora toda a programação apresentada pelas redes, no período das 6 da manhã as 11 da noite.


Discordo dessa classificação indicativa gerida pelo Ministério da Justiça.
As crianças e adolescentes devem ser preservados sim de cenas impróprias com violência, apelos do sexo e outros absurdos, mas francamente vejo que elas são usadas como escudo para justificar o controle de um órgão do governo na liberdade intelectual e de expressão alheia.
Que critérios são esses para impor horários as emissoras?Não seria mais sensato o diálogo?
Aconteceu uma inadequação de conteúdo, vai lá, conversa e depois corrige, sem precisar um corte drástico de horário.
Considero censura sim, e pior , do que a anterior, porque não é as claras. É algo velado.
Cria-se um Estado paternalista, que quer escolher por nós, escolher o que vamos assistir, e em que horário vamos assistir.
Colocam a televisão como grande vilã da educação alheia, quando a educação vem da família, do lar, das escolas, que o próprio Estado não dá a devida atenção.
Televisão é entretenimento, pode até educar, mas essa não é sua função.Muito simples:quem não gosta, use o controle remoto e desligue!
Os conceitos dessa portaria são muito subjetivos. Por exemplo, há uma aproximação mínima entre a faixa etária de 10 e 12 anos.O que diferencia o que uma e outra criança deve assistir?
Sem contar nos argumentos que são apresentados como reclassificação, como já ocorreram com algumas atrações, algo questionável...
O importante mesmo não é interferir na liberdade de escolha de ninguém, é tornar essa criança e esse adolescente um cidadão crítico, questionador e não preso a sombra de fantasmas, que não existem.
Sem diálogo, não há classificação...

Nenhum comentário:

Postar um comentário